Author:
Maria Adosinda Reis
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Date Posted: 19:59:28 07/08/04 Thu
In reply to:
Jorge Nascimento Fernandes
's message, "A manifestação de ontem no Rossio" on 16:18:05 07/07/04 Wed
>
Jorge do Nascimento Fernandes
Estou de acordo contigo
Mas como é que isto aconteceu?
Como é que o PCP, o nosso partido, todos tão unidos há 30 e tal anos ...Lembras-te dos tempos da" Seara" vem hoje cometer tantas "fifias"
Não consigo entender...
Nem sei se os meus neurónios, hoje, conseguem aceitar qualquer razão lógica para isto!!!não sei se poderei entender por muito que queira aceitar explicações lógocas....
Lembras-te de mim, fui a mulher do Melo durante 23 anos
Como andas tu?
Ando muito preplexa, com a evolução de tudo isto, enfim, sinto-me perfeitamente baralhada, depois de tantos anos de luta....
Adosinda
Goerde do ascimento FernandesA manifestação de ontem no Rossio
>
>Não quis, antes de ela se realizar, fazer qualquer
>comentário, não querendo contribuir para a sua
>desmobilização.
>Hoje, que já sei o que se passou, gostaria de dizer o
>seguinte:
>Foi claro para todos que na sexta-feira, dia 24 de
>Junho, estava em marcha uma operação, que culminou com
>os títulos da imprensa matinal do dia seguinte, para
>promover o Durão Barroso aos céus da Europa e para pôr
>no seu lugar o seu dilecto “amigo” Santana Lopes. A
>operação estava bem montada, dizia que tinha o aval do
>Presidente da República e estaria consumada logo no
>início da semana a seguir. Não fora o Presidente da
>República ter batido com a mão em cima da mesa,
>gritando, então e eu!, e a realização da manifestação
>que teve lugar no Domingo, 26 de Junho, e que contou,
>segundo os critérios da polícia, com cerca de 2500
>pessoas, e lá apanharíamos com o Santana pela frente,
>o que não quer dizer que ainda não o venhamos a ter.
>Tudo para dizer que, utilizando meios modernos e sem
>precisar da reunião das direcções partidárias, foi
>possível convocar uma manifestação, que teve o apoio
>de um grupo significativo de cidadãos, que ainda
>mantêm um forte amor à democracia. Que fez a Direcção
>do PCP? Mandou alguns dos seus apaniguados
>desmobilizar aqueles que estivesse na disposição de
>ir, e questionou-se sobre quem tinha tido a ousadia,
>sem lhe prestar primeiro vassalagem, de convocar uma
>manifestação.
>Esta resultou, e não foi por ser expontânea ou não,
>nem por não ter mandantes visíveis, foi simplesmente
>porque correspondeu, naquele fim-de-semana, ao desejo
>forte das pessoas: era preciso travar a operação da
>direita.
>Os seus promotores convictos do êxito da primeira
>resolveram forçar a nota e terça-feira nova
>manifestação, já não teve o êxito da primeira e já
>cheirou a prato requentado.
>Que faz a Direcção do PCP? Se havia uma manifestação
>que não foi por ela controlada, tinha que fazer outra
>onde mostrasse a sua força e segundo os seus ritos, a
>força das massas populares. Como já não tem massas e
>todos sentiram que naquele momento já não tinha
>sentido organizar qualquer manifestação, foi o
>fracasso que foi, quinhentas pessoas segundo a versão
>da polícia, que foi a mesma de que eu me servi para
>avaliar a primeira. Esta Direcção do PCP nunca mais
>aprende de que não basta só convocar manifestações, é
>necessário que elas correspondam ao ensejo das massas
>e isto é coisa que há muito ela não osculta, porque
>não tem ninguém entre elas.
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