Subject: Re: «Golpe de Estado» |
Author:
Luís Carvalho
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Date Posted: 21:14:17 07/08/04 Thu
In reply to:
Carlos Gonçalves, Avante, 08/07/04
's message, "«Golpe de Estado»" on 19:49:57 07/08/04 Thu
Tão bem que aqui falas - nomeadamente de democracia.
Pena é as tuas palavras não merecerem a coerência da direcção partidária que integras. E dessa direcção não merecer o povo português uma postura menos sectária e mais empenhada na construção de uma alternativa a todo esse golpe de que referes.
Aliás, é mais do que pena. É um preço que se paga com... o caminho aberto, (principalmente pelo PS, sem dúvida, mas também por vós) para golpes de estado como este de que falas.
>«Golpe de Estado»
>
>Carlos Gonçalves, Avante, 08/07/04
>
>Não acabou bem o Euro 2004, a instrumentalização do
>Governo «Golpe de Estado» só desajudou. É agora tempo
>de tudo fazer para resolver a crise política em defesa
>dos trabalhadores, do povo e do país.
>
>A solução democraticamente aceitável – eleições
>antecipadas – é para a direita reaccionária um «golpe
>de Estado». A. João Jardim diz mesmo que «se o PR
>provocar uma crise... devíamos... fazer cair isto
>tudo» e que «dando-se um golpe de Estado... PSD e CDS
>só têm que desacreditar o regime e nem porem os pés
>nas eleições».
>
>Quem assim apoia a continuidade de governo da
>coligação, e ainda agora foi apontado no PSD como
>«exemplo», não paga os calotes nem cumpre as leis,
>chantageia os orgãos de soberania e propõe o golpe da
>«4ª República». Juntam-se-lhe os Amorim, o BES, o
>BANIF, o BPI, o BPN, a Carlyle, os próximos de S.
>Lopes, e as clientelas do Governo, que procuram fazer
>constar um «consenso», que não é fácil, nem no grande
>capital.
>
>Fica claro o que querem estes senhores com a lamúria.
>Mas importa perceber melhor a putativa dupla fuga de
>S. Lopes para a chefia do PSD e do Governo e de D.
>Barroso para a C. Europeia - quando e como foi
>decidida e por quem?
>
>«Situação inesperada», assim fizeram constar, mas,
>vistas bem as coisas, há indícios que a congeminação
>estava a andar há meses. Em Fevereiro, num clique, S.
>Lopes baixou o tom da «corrida a Belém», em Maio, no
>Congresso, deixou caír a «rebeldia» e recebeu em dote
>o aparelho «barrosista» do PSD.
>
>Logo após a «banhada» das europeias, dia 18, a «forte
>possibilidade» de D. Barroso ir presidir à C. Europeia
>surge nos média. É improvável que, numa matéria
>sensível, discutida há meses, esta hipótese só tenha
>aparecido três dias antes. É bem mais plausível que a
>possibilidade estivesse há muito colocada
>confidencialmente, tendo Vitorino sido usado como
>«cavalo de Troia» da «solução» D. Barroso.
>
>Assim, fez todo o sentido a presença de S. Lopes este
>ano no concílio Bilderberg, que – é sabido – certifica
>a alta confiança do grandíssimo capital e do
>imperialismo.
>
>E resulta evidente a probabilidade da tramoia ter sido
>urdida paulatinamente por D. Barroso e S. Lopes, com a
>ajuda de Berlusconi, Bush & Cia, nas costas do PSD e
>do Governo, manipulando os portugueses e as
>instituições, num, esse sim, efectivo golpe de Estado
>– contra o regime, em seu mesquinho proveito e ao
>serviço de grandes e inconfessáveis interesses.
>
>E ainda há quem hesite em convocar eleições. Já!
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