Subject: Re: Ainda o (malfadado) Federalismo (com estalinismo à mistura) |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 13:24:44 06/23/04 Wed
In reply to:
Guilherme Statter
's message, "Ainda o (malfadado) Federalismo (com estalinismo à mistura)" on 13:07:22 06/23/04 Wed
Ò Guilherme : eu fico um pouco estupefacto com os problemas, digamos assim , que tu levantas.
É que de facto estamos noutra , como se diz agora , os tempos não se compadecem com o rodar dos acontecimentos ,e muita coisa veio alterar equações que eram muito pertinentes mas que , por força da própria dinâmica histórica ,deixaram de o ser .
Hoje está na ordem do dia a internacionalização do capital ,a globalização tecnológica,informática e financeira.
Há ,claro, surtos de regionalismo de tipo nacional :os bascos, os curdos, os arménios... Há o afloramento federalista da UE e tomadas de posição , meramente conjunturais , do PCP contra esse arranjo constitucional ,não como expressão doutrinária,ideológica mas, tão sómente,contra a eventual apropriação das rédeas do poder comunitário por parte das "grandes potências " europeias.E se me permites, as coisas têm que estar contextualizadas e vinculadas ao seu tempo...
>Estava aqui a rever minha dissertação (está quase!...)
>e tropecei numa parte que me remeteu para esta
>monocórdica polémica do federalismo e da "perigosa
>deriva federalista" enquanto posição oficiosa da
>direcção do PCP, por muito "boa gente" acusada de
>"estalinista".
>Então é assim:
>Uma das características do estalinismo é a defesa da
>possibilidade da "revolução socialista" ocorrer num só
>país. Lembram-se certamente do desapontamento dos
>bolcheviques quando não viram os camaradas alemães (e
>outros) fazerem também a "revolução internacional
>socialista", de que "todos estavam à espera".
>Em contraponto, o trotskismo apresentava-se como
>"internacionalista" e defendia a necessidade da
>"revolução permanente" e à "escala mundial" (tudo isto
>são banalidades...).
>Mas ocorreu-me que esta fixação anti-federalista de
>alguns membros da direcção do PCP era capaz de ser um
>reflexo (tipo freudiano) relativamente à possibilidade
>de construir o socialismo numa só nação (neste caso em
>Portugal). Será?...
>Será que são mesmo "estalinistas" (não no sentido de
>serem uns "malandros trogloditas" com "Berias" e
>"gulags" à mistura, mas sim no sentido da sua opção
>estratégica relativamente à construção do Socialismo)?
>E que eu, que não o sabia, afinal sou "trotskista" ?...
>Só dúvidas metafísicas para intervalar na chatice do
>trabalho de rever a tal dissertação (está quase... eh
>eh eh)...
>Cordiais saudações,
>Guilherme Statter
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