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Subject: Reforma Agrária / Questão Agrária


Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 11:48:08 05/13/04 Thu
In reply to: Vicente Navarro 's message, "Será que alguém pensa que somos todos parvos?" on 23:06:51 05/12/04 Wed

Há assuntos que pela sua importância social ,económica e política deviam ser reavivados .
Lino de Carvalho é um daqueles , dos poucos(?) que ainda revela uma preocupação com a paralisia a que a actual estrutura fundiária conduziu o Alentejo.

A questão da terra no Alentejo e a sua articulação com o desenvolvimento da região constituem o pano de fundo do livro que recentemente publicou - "Reforma Agrária ,Da utopia à realidade ".A preocupação de L. C. foi a procura de soluções que permitissem vencer o imobilismo que a grande propriedade historicamente impôs ao Alentejo , ajudando a compreender não só os fundamentos e o processo da própria Reforma Agrária , como todo o longo período da sua destruição e a saga dos trabalhadores na defesa daquilo que constituiu uma tentativa séria de transformar os campos agricolas do Sul numa perspectiva de progresso , justiça social e factor de desenvolvimento.

Após o desaparecimento da transformação fundiária que a Reforma Agrária protagonizou , o autor pergunta-se e reflete sobre o que é que há a fazer. "A chamada zona de intervenção ficou melhor depois do desaparecimento desta riquíssima experiência do Portugal democrático ? ... Nas condições do Alentejo de hoje , com a nova /velha ordem mundial globalizada do capitalismo , com a liberalização e desregulamentação dos mercados mundiais do agro-alimentar , ... há ainda lugar, hoje, para um novo processo de Reforma Agrária? "
Qualquer espírito isento constata que o desaparecimento da Reforma Agrária não conduziu à libertação do investimento e ao desenvolvimento da economia agricola.
Nós ,de facto ,constatamos é a recuperação dos sistemas agrícolas a fórmulas extensivas de produção ,sem criação de alternativas e, no plano social estamos a assistir ao regresso da migração e emigração, ao desemprego e ao despovoamento regional.
É inquestionável que nenhuma outra região sofreu uma tão drástica ruptura da sua estrutura social tradicional como aconteceu no Alentejo " transformando-se "uma sociedade rural , proletária, numa sociedade de serviços, com uma componente crescente da agricultura familiar".
Mais adeante , sem esmorecimentos mas com os pés assentes na terra , Lino de Carvalho verifica que " a consciência social e de classe de uma velha geração... é hoje mais memória que realidade"

Há porém razões ligadas ao aproveitamento de recursos públicos e de justiça social que estão em aberto , por mais alterações e reposições que tenha havido.Ele e nós não podemos deixar de reflectir e pressionar as decisões quanto ao Empreendimento do Alqueva.Na esteira de L.C., não é minimamente aceitável que as mais-valias de um investimento de 175 milhões de euros possam ser apropriadas pelos proprietários que por obra e graça,sem despenderem um centimo caem no seu regaço.







>Será que alguém pensa que somos todos parvos?
>
>Tendo estado fora uns dias e sem acesso à Internet, só
>hoje reparei num anúncio da amazon books na página
>anterior do dotecome.
>
>Não sei por isso quando apareceu esta “novidade”.
>
>Mas não deixo de estranhar os anúncios a livros,
>nomeadamente sobre Estaline, numa altura em que a
>questão das torturas nas prisões iraquianas sobre
>administração americana e britânica estão nos “top’s”
>de todos os sites. Mas que aqui, neste fórum, são
>muito pouco comentadas.
>
>Será que o aparecimento destes anúncios, nesta data, é
>uma mera coincidência?
>
>Será que alguém pretende relativizar a gravidade das
>torturas e indignidades praticadas contra os presos
>iraquianos por soldados americanos e britânicos?
>
>Será que alguém pensa que é mais importante conhecer o
>que se passou há 50, 60 anos do que o se está a passar
>neste preciso momento num país, onde até estão
>soldados da GNR?
>
>Será que alguém aqui do dotecome pensa mesmo que somos
>todos parvos?

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Replies:
Subject Author Date
Se alguém é parvo, és tu!Jose Estaline13:25:32 05/14/04 Fri


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