Author:
Teresa Pereira da Fonseca
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Date Posted: 14:38:11 03/07/04 Sun
O carnaval já passou mas os disfarces continuam
A – os bloquistas que têm a mania de passar a vida a reclamar a sua superioridade moral, mostram-se, afinal, os políticos mais obscuros e menos transparentes.
Basta ir ao site deles para se ver que não informam sequer qual é a sua Direcção, quais são os seus dirigentes.
E se uma pessoa quiser consultar as intervenções que fizeram no
Parlamento, por exemplo no dia 3 de Março, - se é surda -, fica só a conhecer a da deputada Alda Sousa. Das intervenções
do Louçã e Fazenda, só lá têm o vídeo...e ainda por cima, a Alda Sousa não interveio em nome do bloco, mas sim pela petição para o referendo.
Isto é, por escrito – que é a forma correcta para se poder analisar – não há nada do bloco, do debate, no seu site. E vamos ter que ficar à espera do Diário da AR para podermos confrontar o bloco com as suas contradições.
B – Mas entretanto há já algumas que ressaltam.
Talvez a maior é a de terem apresentado um projecto de lei que reclama a possibilidade das mulheres fazerem aborto a seu pedido nas primeiras 12 semanas e simultaneamente uma Resolução com idêntico pedido mas para as 10 primeiras semanas.
C – Confronte-se ainda o Bloco com as suas razões. Lê-se no comunicado da Mesa Nacional do Bloco, 16/05/02: “ A Mesa Nacional do Bloco reunida em Março, definiu a despenalização do aborto como questão prioritária para a intervenção do Bloco (...) “A questão do aborto é, também, uma questão fulcral para o Bloco: não só porque ele se quer uma força inovadora na Esquerda, mas porque ele se empenhou nessa luta e estabeleceu um compromisso com os Portugueses e as Portuguesas. A actual situação política gera, sem dúvida, desânimos, bem como temores: para muitos, a luta pelo direito de optar não poderia vir em pior altura (...). A Mesa Nacional do Bloco tomou a decisão de fazer do aborto um tema central da acção do movimento, com o objectivo claro de reivindicar um novo referendo, com base num abaixo-assinado de 75.000 cidadãos e cidadãs ”. Foi com base nestas razões e circunstâncias que se lançaram na recolha de assinaturas e na campanha “Referendo já”.
Passados quase 2 anos, percebe-se que para o bloco as circunstâncias são outras, mas são omissos quanto às suas razões. Segundo disse Alda Sousa no Parlamento, em 3/03/04: (...) “Todos, e também na direita, se sentem incapazes de condenar as mulheres que recorrem ao aborto. E todas as sondagens de opinião pública indicam que os portugueses desejam pronunciar-se em referendo. A via referendária foi não só de resto defendida pela direita, no passado como continua a ser defendida actualmente, mas tendo como horizonte apenas 2006.” (...). E no site, hoje, lê-se no destaque de abertura: “A petição popular (...) é a prova evidente de que existe um sentimento de mudança na nossa sociedade”.
E PERGUNTO: QUE QUER AFINAL O BLOCO? Despenalização para as 10 ou para as 12 semanas? A solução do problema ou o seu arrastamento?
E já agora, porque é que escondem a sua direcção? Passaram definitivamente da moda “barriga ao léu” para a da “burqa”?
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