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Date Posted: 06:13:23 09/03/04 Fri
Author: L.A Marcuschi
Subject: Re: BLOG - questão 3
In reply to: Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva 's message, "BLOG - questão 3" on 11:45:12 08/06/04 Fri

Vera, você traz uma questão que nos remete ao núcleo de uma discussão que se estende a todos os demais gêneros da net (e não só dela). Assim, se formos seguir, por exemplo, Bakhtin (1979), ele sugere que alguns gêneros são mais propensos a manifestãções de estio, autoria e subjetividade que outros. Veja que os gêneros documentais (carteira de identidade, certidão de nascimento, diploma de doutor etc) não oferecem muitas alternativas de estilo nem de autoria ou variações notáveis e poucos estão autorizados a produzi-los, embora todos ou muitos usufruam deles. Já um artigo científico e mesmo um blog sim. Maingueneau havia proposto uma divisão em gêneros autorais, rotineiros e conversacionais; depois mudou para conversacionais e institucionais(estes englobam os dois primeiros) e analisou o problema da autoria e da subjetividade e outras manifestações que constituiriam a natureza da "genericidade". O certo é que a divisão de Maingueneau não é boa porque ela não dá conta precisamente dos blogs que são conversacionais e comalto potencial de manifestações não rotineiras (no sentido de elementos pouco propensos à autoria). Mas eu ainda acho que a idéia dele merece atenção.

Creio que de um modo geral, os traços tipicamente linguisticos dos gêneros não chegam a ser relevantes para difenciá-los de alguma outra coisa, mas contribuem para se perceber atos específicos. Eu inclusive chamaria atenção, no caso dos blogs, para o que a Fabiana colocou muito bem numa hora dessas que é a multimodalidade exagerada, com imagens, sons, figuras, gráficos, o escambau. Ali a nossa linguagem tipicamente verbal vai ficando pelo meio e os blogs vão se tornando uma coisa muito parecida com as iluminuras medievais (aliás a net é uma paródia das iluminuras medievais e um palimpsesto muito esquisito). Portanto, a meu ver a discussão que está em pauta seria mais ou menos essa: que há de interessante para o linguista neste momento nessas novas manifestações de genericidade?
Perdão por essa imensa nota constiuída por uma série de divagaçãoes. Eu ainda sou do tempo em que se escrevia cartas no lugar de artigos científicos...


>3) Aparentemente, a atividade de escrita dos blogs
>coloca em evidência a subjetividade do escrevente.
>Quais as principais marcas de subjetividade na
>constituição desses textos?

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