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Subject: A BELEZA PROIBIDA | |
Author: Silveira, 28:34:65 - 03.29.20 |
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Date Posted: 17:28:24 03/29/20 Sun Author Host/IP: 177.156.133.203.dynamic.adsl.gvt.net.br/177.156.133.203 A BELEZA PROIBIDA - Este é o tÍtulo da coluna onde Walcyr Carrasco, na revista VEJA, edição de 04.03.20, trata dos concursos de beleza com boa dose de simpatia. Entre outras colocações muito oportunas, ele afirma: "Com o argumento de lutar contra a objetificação da mulher, está-se criando um novo tipo de censura. Qual o problema em uma mulher ser simplesmente bonita? Ou, inclusive, um homem?... Nessa toada, onde vão procurar as próximas misses? Nas olimpíadas de matemática?"... Em outro momento, ele assevera: "A beleza feminina é celebrada em prosa e verso há séculos"... E eu complemento, desde a Grécia antiga, berço de nossa civilização ocidental. Em adendo a essa matéria saborosa e até surpreendente, enviei à coluna do leitor, da edição seguinte da revista VEJA, o texto que reproduzo logo abaixo, mesmo sem saber se ele foi publicado no todo, ou em parte, ou ignorado. O Coronavirus já impediu que essa edição de VEJA chegasse até agora a seus leitores. Eis a integra dessas minhas considerações a VEJA: "Finalmente, alguém na grande imprensa nacional, denuncia a discriminação movida contra a beleza feminina e, mais especificamente, a que, já há algumas décadas, vem sendo direcionada aos concursos de beleza, por conta da habilidosa campanha encetada por algumas feministas, a que tantos repórteres logo aderiram, muito leviana e simploriamente. O mais curioso é que não existe objeção alguma a que acompanhemos as competições esportivas que visam apontar, aplaudir e premiar a mulher mais rápida, aquela com maior resistência física, com mais força física, e tantas outras similares. É muito diferente, no entanto, quando se trata de escolher aquela com maior beleza física. Afinal, qual a razão para esses dois pesos e duas medidas? Tudo isso talvez possa ser interpretado como "um retorno ao puritanismo, agora sob a capa do politicamente correto", como afirma Walcyr Carrasco. Mas me parece que há bem mais a considerar por trás de toda essa falácia um tanto hipócrita montada contra a beleza da mulher, e que conseguiu esvaziar a visibilidade dos concursos de beleza. Por conta da rejeição a estes, já existe até concurso dessa natureza, de âmbito internacional, que suprimiu o desfile em traje de banho, para mim, não tenho dúvida, numa lamentável mas muito perspicaz concessão para torná-los mais palatáveis à maioria dessas mulheres, no fundo afrontadas pela beleza de suas congêneres, e na vaga esperança de que elas voltem a assistir placidamente tais certames ao lado de seus parceiros. O que é preciso que fique bem claro, é que não há desdouro algum em se celebrar também a beleza física da mulher, até porque esse atributo, que não é de muitas, é fator indispensável ao sucesso em algumas profissões muito dignas. Se vivemos em um mundo onde cada vez mais são combatidas todas as formas de discriminação, não é bem o caso da que grassa muito especilmente contra os certames ditos de beleza. Estes continuam a ser estigmatizados, desprezados, sistematicamente ignorados, quando não tratados por algumas mulheres com cara de nojo. Tal tipo de preconceito, não só é pouco combatido, mas é ainda muito cultivado pelas mulheres ditas empoderadas da atualidade, que não deixam de ter seus cabeleireiros, seus maquiadores, que não desprezam uma cirurgia plástica, que gastam um bom dinheiro com as melhores roupas, tudo isto para se tornarem mais atraentes, embora costumem ter a mais neurótica rejeição aos concursos que celebram essa beleza física que elas próprias tanto perseguem". De minha parte, declaro, não vou mais pactuar com esse tipo de certame que, eles próprios, parece terem vergonha de ser chamados de beleza, que não souberam enfrentar e contestar os preconceitos que foram se consolidando contra eles, que precisam de mil subterfúgios que os justifiquem. Assim sendo, passaram a buscar a mulher idealizada, a mulher perfeita, isto tudo na faixa dos vinte anos, o que não deixa de ser uma utopia, ou burrice, ou hipocrisia; passaram eles a buscar também a miss que tenha resposta pelo menos previamente decorada para qualquer tipo de pergunta, que seja poliglota, que tenha a melhor oratória, programa social desde criancinha, história de vida comovente e, se possível, até, que seja linda. Acompanho a esses certames de beleza desde Marta Rocha. A partir do surgimento dos voys, blogs e similares, dedicados a esse tipo de concurso, tenho tentado apontar as mazelas que os estão levando ladeira abaixo. Tais matérias costumavam ser recebidas com geral indiferença, como até desejo que esta última também o seja. Enfim, cheguei ao meu limite. Nada mais tendo a dizer, que já não tenha dito muitas vezes, encerro aqui, irrevigavelmente, minha participação no mundo miss. E os concursos de beleza que sigam estes seus novos caminhos, que, assim, consigam recuperar o prestígio, o respeito, o antigo encantamento há tanto tempo perdidos. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |