Subject: incomodidade da direita do PS |
Author:
paulo fidalgo
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Date Posted: 26/02/05 9:18:24
In reply to:
Não há pachorra
's message, "Este é que é o "day after"" on 26/02/05 0:59:31
Eu leio exactamente ao contrário. A saída deste artigo mostra que CCampos não está em posição de vencedor e alerta para que o PS deve romper com a esquerda. Quando se diz que o PS, para governar deve prescindir da esquerda, está a confessar-se que alguém quer, no PS, puxá-lo para a esquerda e que ele, CCampos, está a ficar sem controlo da situação.
No PS afirmam-se eixos muito importantes: é preciso prosseguir com "pinças" a barreira das autárquicas e das presidenciais. Isso puxa o PS para aproximações à esquerda.
Por outro lado, a subida da esquerda é muito grande para a direita do PS ficar com mãos livres. O desejo de mudança é muito grande e não pode ser afrontado. Para a direita do PS ocorreram dois desastres: a esquerda subiu demais e a direita do PSD e PP baixaram demais. Isso desloca o centro de gravidade para a esquerda para além do que eles gostavam que acontecesse.
A própria esquerda do PS tem mais capital de manobra. Pode sempre dizer que ou o PS tem cuidado e respeita os sentimentos que levaram a esquerda a alcançar os 14% ou ainda perde mais, desse lado do espectro. Por outro lado, pode dizer que ela, a esquerda do PS, é a que poderá mobilizar esses 14% para as batalhas futuras, autárquicas e presidenciais e que poderá fazer políticas que reforçem a imagem do PS junto do eleitorado de esquerda. Para a esquerda do PS, a perda do eleitorado de esquerda é um argumento para que o PS recentre o seu discurso.
Toda esta situação de que o CCampos nos dá conta mostra que a vitória da esquerda é enorme e que a luta de classes passou bem para dentro do PS. E dá-nos conta de que a direita do PS está com dificuldades.....
Eu acho que este artigo do CCampos só pode ter esta explicação
Se se confirmar esta leitura, eu penso que a esquerda deve ser cautelosa na sua manobra, pois que deve actuar para reforçar os que no PS querem empreender um novo ciclo de políticas e dificultar os outros.
Mais uns dias e saberemos se Sócrates optou por um governo monocolor - da sua entourage de direita - ou se optou por dar uns sinais mais reformadores...
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