| Subject: Isto não explica nada. Rigorosamente NADA! |
Author:
Calado
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Date Posted: 13/07/05 15:15:09
In reply to:
Estatutos do PCP
's message, "Capítulo I - Artº 6º" on 13/07/05 12:53:49
Isto não passa de um enunciado de desejos, mais nada.
Mas se analizarmos bem as coisas, à luz do tal marxismo leninismo tão defendido pelo PCP, veremos que são desideratos irrealizáveis porque incompatíveis.
1º A economia mista, isto é, a convivência entre um sector público, outro cooperativo e finalmente um sector privado de economia capitalista é um pura utopia. Aliás esta característica da tal democracia avançada no limiar do século XXI já constava da Constituição da república Portuguesa do século XX. E os rsultados etão á vista: sector cooperativo inexistente, sector público reduzido aos elefantes brancos e ao que não dá lucro e o resto é tudo dos capitalistas, perdão, dos grandes, médios e pequenos empresários, sendo estes dois últimos grupos muito acarinhados pelo PCP. E depois como é que se passava para a fase da economia socialista? Por decreto-lei? Os grandes patrões, as transnacionais entregavam de mão beijada todo o parelho produtivo aos trabalhadores?
Agora vejamos a tal pátria independente e soberana, amiga de todos os povos: Traduzindo este arrazoado de lugares comuns leia-se: Portugal fora da NATO, fora da UE, desalinhado e isolado, cooperando com a República da Coreia do Norte, com a República Popular de Cuba e, vá lá, com a República Popular de Angola. Belo futuro para os portugueses, sem dúvida.
Quanto ás políticas sociais e culturais, nada de especial é dito. Fala-se da melhoria das condições de vida e da livre criação e fruição da cultura. Quanto à primeira, isolado, sem produzir a riqueza suficiente para a sua população, a tal melhoria redondaria na mais absoluta desgraça para o povo português.
Quanto á segunda já a temos. Alguém é proibido ou censurado em sede de criação cultural?
Enfim, a tal democracia avançada não passa de uma gande treta. Uma forma de fugir à questão da tomada revolucionária do poder, única forma conhecida para se implantar um sistema socialista de inspiração marxista-leninista. Uma forma tosca de fugir ao problema de ter de falar da ditadura da classe operaária.
E estamos conversados. Nem vale a pena perder mais tempo com tão ruins defuntos
>Estatutos do PCP
>
>Capítulo I
>
>Artº 6º
>
>Actualmente, e na continuidade do programa da
>revolução democrática e nacional aprovado no VI
>Congresso do PCP e dos ideais, conquistas e
>realizações históricas da revolução de Abril, o PCP
>luta por uma democracia avançada no limiar do século
>XXI, simultaneamente política, económica, social e
>cultural, com cinco componentes ou objectivos
>fundamentais:
>
>1. um regime de liberdade no qual o povo decida do seu
>destino e um Estado democrático, representativo,
>participado e moderno;
>
>2. o desenvolvimento económico assente numa economia
>mista, moderna e dinâmica, ao serviço do povo e do
>País;
>
>3. uma política social que garanta a melhoria das
>condições de vida do povo;
>
>4. uma política cultural que assegure o acesso
>generalizado à livre criação e fruição culturais;
>
>5. uma pátria independente e soberana com uma política
>de paz, amizade e cooperação com todos os povos.
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