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Date Posted: 19:25:41 06/21/06 Wed
Author: Cleber Viana
Subject: semana 15

Volto a dizer que acredito que a abordagem comunicativa é o melhor e mais completo enfoque para o ensino de línguas estrangeiras, pois possibilita ao aluno a tão desejada autonomia. As abordagens anteriores ao enfoque comunicativo não possibilitavam ao aluno essa independência, já o centro do processo de ensino/aprendizagem era o professor e não o estudante.
Com a abordagem citada acima o foco passa a estar sobre o aluno e sua colaboração se torna fundamental. O controle desse processo é dividido entre professor e aluno, que também se torna responsável pelo que aprende.
A autonomia possibilita ao aluno um aprendizado mais significativo e, conseqüentemente, promove um aprendizado maior e mais prazeroso (“a habilidade de se responsabilizar pela própria aprendizagem”).
Venho verificando a vantagem dessa cooperação nestes oito anos dedicados ao ensino da língua espanhola, mas noto, também, que nem todos os alunos estão preparados para esse tipo de ensino e constantemente tenho que lançar mão de técnicas defendidas por outras abordagens.
Durante este curso, pude exercer plenamente essa independência. O fato de ter de buscar, ler, refletir e escrever minhas impressões dos textos propostos (“capacidade e a liberdade do aprendiz de construir e reconstruir o que lhe é ensinado”) aliado à troca com os demais companheiros de curso e a leitura de seus textos me possibilitou repensar a minha prática educativa e minha relação com meus alunos. Os textos propostos pela professora oferecem um excelente panorama para nosso trabalho como professores de língua estrangeira ou segunda língua. Ela nos permitiu também construir nosso conhecimento de forma livre, sempre facilitada por seus feedbacks. E, com comentários e direcionamentos pontuais, a professora nos ajudou a, gradativamente, desenvolver essa autonomia. Lembro-me que, ao princípio do curso, sentia-me muito mais dependente, hoje escrevo esse trabalho final consciente de que estou mais apto a fazer autonomamente análises e reflexões sobre textos e idéias relacionadas ao meu trabalho.
Como forma de contribuição à autonomia de meus alunos, julgo necessário incentivá-los a buscar informações que lhes sejam interessantes, sempre usando como instrumento a língua objeto de estudo. Acho que é importante que nós professores nos libertemos da ditadura do livro texto e ofereçamos aos nossos alunos temas que tenham mais a ver com sua faixa etária e interesses. Os programas de televisão e filmes assistidos por eles, os jogos eletrônicos, os livros, os anseios e necessidades próprios de sua classe social e idade podem ser excelentes norteadores na busca desse caminho de motivação que leva à busca e à conseqüente autonomia. e
Além disso, parece-me importante que permitamos aos nossos alunos propor temas de conversação e que realmente estejamos atentos a seus comentários para que sejamos capazes de desenvolvê-los. Devemos abandonar a mentalidade antiga de controle absoluto (“Os professores se empenhavam em controlar os alunos para que todos os passos, previamente planejados fossem seguidos.”).
Para terminar, cito Moacir Gadotti: “Autonomia que faz parte da própria natureza educativa. Sem ela não há ensino, nem aprendizagem.”

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