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Subject: 2. A dinâmica da transformação...


Author:
Guilherme Statter
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Date Posted: 15/11/06 13:57:46
In reply to: Guilherme Statter 's message, "Um "inventário" das ideias de Marx e Engels - Ou a peregrinação continua..." on 14/11/06 10:55:01

2. A dinâmica da transformação ou mudança histórica é determinada (ou pelo menos condicionada) pelos conflitos entre as forças de produção e as relações de produção.

Antes de tudo é preciso ter aqui presentes os significados sintéticos daquelas expressões: "forças de produção" e "relações de produção".
A este respeito poderá começar-se por se dizer que se é certo que a ciência é bastante mais do que bom senso ou senso comum, também não deixa de ser verdade que a ciência também precisa de começar por ter alguma dose de "bom senso" ou mesmo de "senso comum".
Muito provavelmente o Monsieur de La Palice era capaz de dizer melhor...
Entretanto e mais uma vez recorremos às ideias de Bertalanffy – amplamente demonstradas na prática empírica em N aplicações técnicas – relativas à complexidade dos sistemas latu senso. Em qualquer sistema (vivo, social ou mecânico), quando um qualquer componente (nó, nodulo ou node...) desse sistema pode ver alterado (por qualquer razão...) o seu próprio e intrínseco comportamento parcelar, todo o comportamento do sistema na sua globalidade se vem a alterar de modo a "enfrentar" e resolver a nova situação.
Mais uma vez, a observação empírica e mesmo a "experimentação" (tanto quanto isso é possível em coisas da sociologia...) apontam no sentido da validade ou correcção lógica e empírica daquela asserção. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu aos caminhos de ferro com a invenção do automóvel. Ou o que está a acontecer no mundo de hoje com a invenção e desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação.
Já nos anos Trinta do século XX vários observadores (entre outros Berle e Means... e mais tarde Galbraith e o seu "The New Industrial State") constataram e discutiram o conflito latente (e recorrente) entre a posse do Capital e a sua gestão corrente...
Entre a forma assumida pelas relações sociais associadas ao funcionamento do sistema (as "relações de produção") e as necessidades tecnológicas do seu funcionamento (as "forças de produção").
Ou seja, toda a História recente e posterior a Marx confirma a validade daquela asserção.
E, já agora, também esta asserção de Marx e Engels, passa o teste do critério de demarcação de Popper.
É falsificável e quer a sua expressão verbal quer a sua eventual falsicabilidade têm coerência lógica.
Ou seja, e em vernáculo corrente, nada impede – de um ponto de vista de coerência lógica – que os "patrões" e os "trabalhadores" andem por aí aos abraços e que uns despeçam os outros por estes se tornarem redundantes em face de novas técnicas de produção. Ou de trabalhadores "mais baratos".
E que aqueles outros trabalhadores despedidos e/ou redundantes, mesmo assim, continuem "amigos" dos "patrões" e defensores entusiásticos das novas técnicas de produção.
Claro que nada disto até agora se verificou, na vida corrente e historicamente registada, mas isso é mesmo outra estória.
É, já agora, como aquela do cisne negro do sr. David Hume... Até se descobrir um cisne negro, pode partir-se do princípio de que "todos os cisnes são brancos".

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Replies:
Subject Author Date
Eh!Tentativas goradas.Voscência é um pexote,1 fraco e desajeitado,que recita,não questiona.BE,FP,RP?vou ali volto já15/11/06 18:02:11


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