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Subject: Como dizes que eu não me pronunciei... A ver se me explico!


Author:
Guilherme Statter
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Date Posted: 17/11/06 21:06:55
In reply to: Rosa Redondo 's message, "Re: Já agora... alguns esclarecimentos" on 17/11/06 17:27:35

Como eu acho que o ser-se de Esquerda é uma questão de atitude (face ao mundo, à História, aos problemas da sociedade...) entendo que continua a fazer sentido (e tanto quanto é possível "antever" o futuro (...)) penso que continuará a fazer sentido, falar-se de "ser-se de Esquerda" ou "ser-se de direita".
Por outro lado, quando se fala de Projectos então entendo que faz ainda mais sentido dizer-se que este ou aquele "Projecto" é de "Esquerda" ou é de "direita".
Para mim (outros pensarão diferente, claro...) um "Projecto" será de "Esquerda" (aqui, agora e no futuro) se contribuir, de forma sustentada, para o desenvolvimento sustentado da sociedade humana.
Ou seja, penso que faz sentido e digo que isso é uma questão de atitude.
O porquê da atitude?
Dependerá do posicionamento de cada um face aos grandes problemas que a Humanidade enfrenta, tem enfrentado e naturalmente continuará a enfrentar.
Sendo que esse posicionamento é determinado em última análise pelo facto da escolha individual de cada um de nós ser, ou pelo "colectivo" (o tal "comunitarismo"...),
ou pelo "cada um por si" (o salve-se quem puder...) porque entretanto se afirma que as "forças do mercado" tratam de todos.

A anedota está bem apanhada!

Mas entretanto de facto as línguas hispânicas são - neste caso - mais expressivas do que outras.
Uma coisa é ser-se de Esquerda (ou de direita) outra é estar-se na Esquerda. Mas é capaz de ser mais uma picuinhice minha (ou "ideia peregrina", assim como assim...)
No caso das pessoas, é de facto óbvio que se trata de oportunismo.
No caso das situações ou das decisões, projectos e ideias, já a coisa é mais complicada.
E nesse caso não deveria escrever "estar-se" (o que implica referência a pessoas), mas sim "está"...
Creio que foi o Prof. Eduardo Lourenço que um dia terá defendido ou exposto a ideia de que num certo sentido tinha havido políticas do Salazar que eram objectivamente "de Esquerda". Creio que se referia à ideia das "Caixas de Previdência"...
Neste caso eu prefiria escrever "políticas que estavam na Esquerda". Desculpa lá a picuinhice...
O caso do Estado-Providência é um exemplo paradigmático daquilo que eu quero significar: foi iniciado pelo Bismarck - um reformador de direita que tinha como objectivo "esvaziar" as oportunidades de revolta e revolução que ele antevia face aos movimentos socialistas de então.
Ou seja, para mim é possível dizer-se de um determinado projecto concreto e objectivo que "está na Esquerda" (quero eu dizer que se encaixa no "grande esquema das coisas"... favorece o tal "desenvolvimento sustentado") mesmo se tiver sido iniciado pela direita.
Caso da Educação.
Imagine-se que o Franco em Espanha tenha imposto a escolaridade obrigatória de 9 anos. Isto enquanto em Portugal o Salazar mandava fechar escolas do magistério e/ou mantinha a escolaridade obrigatória nos 4 anos.
Uma política ou projecto de Esquerda (vindo de um ditador para-fascista, no caso de Espanha) e uma política retrógrada no caso do "nosso" ditador de meia-tigela.
Outro exemplo: o Kemal Ataturk e a sua imposição pela força militar de um regime laico.
É isso que eu quero dizer quando faço a distinção entre "ser-se de Esquerda ou "estar na Esquerda.

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