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Subject: Luísa Mesquita ao JN | |
Author: JN |
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Date Posted: 2/12/06 19:36:59 "Direcção do PCP pode entender que expulsão é o acto seguinte" josé antónio domingues Luísa Mesquita fala do compromisso que assumiu com o PCP e não exclui um afastamento do partido Aos 57 anos, Luísa Mesquita, vereadora na Câmara de Santarém sem pelouro, e membro da direcção regional do PCP, viu-se envolvida em polémica, após ter recusado renunciar ao seu mandato de deputada à Assembleia da República, como lhe foi solicitado pelo partido. Na ocasião, o líder da bancada, Bernardino Soares, anunciou a retirada "parcial" da confiança política depositada pelo partido na deputada. JN/Antena 1|Está no Parlamento desde 95, mas é em 2001 que se coloca a questão de ser cabeça de lista para a Câmara de Santarém e para as eleições legislativas de 2002. Ficou claro para o partido, em 2001, que prescindia da sua carreira académica porque as tarefas que lhe pedia não permitiam isso… Luísa Mesquita|Ficou claro para mim, e espero que para a direcção do partido. O problema foi-me colocado nesses termos porque tive que deixar de dar aulas e colocar na prateleira a tese de doutoramento. Em 2005, coloca-se outra questão a abordagem para integrar a lista à Assembleia da República, como cabeça de lista mais uma vez. Entretanto, soma-se uma segunda informação: a direcção do PCP havia decidido que, durante esta legislatura, iniciar-se-ia a substituição de vários deputados no grupo. Um grupo parlamentar que é pequeno precisa de renovar? Obviamente. Nunca esteve em causa a concordância em renovar quadros no PCP. É fundamental. Em 2005, é-lhe colocada a hipótese de não terminar o mandato. O que respondeu? Não há uma pergunta, há um facto. Aquilo que disse foi que não tinha condições para ser cabeça de lista à Assembleia, em 2005, interrompendo o mandato em 2006 ou 2007. Isto ficou claro numa reunião entre mim e uma dirigente nacional do PCP. As listas foram feitas e eu tinha acabado também de ser candidata à Câmara e, ao fim de duas ou três semanas, solicitam uma reunião urgente no sentido de confirmar a minha posição. Pela primeira vez, estava presente o líder da bancada, Bernardino Soares. Foi-me dito que as questões que coloquei foram consideradas pelo PCP. Assim sendo, estaria em condições de estar disponível para fazer mais este mandato. Tirou pelo sentido que iria cumpri-lo até ao fim... Obviamente. Há um gigantesco mal-entendido do lado de lá? A questão é demasiado séria para que haja um mal-entendido. Há depois o papel que os deputados assinam, no sentido de serem substituídos por conveniência partidária. A opinião pública pode pensar que não há nenhum candidato que não tenha que o assinar. Isso não corresponde à verdade. Mas se o papel tem a ver com os estatutos do partido, por que não aceitou sair? Isso é uma declaração de princípios que tem a ver com o conteúdo dos estatutos e que subscrevo por inteiro. Independentemente dessa questão geral, há as questões de natureza particular. Estou indisponível porque não equaciono a hipótese de me afirmar com disponibilidade e depois ter uma atitude, durante a legislatura, que seja conflituosa com aquilo que são as declarações de princípio com as quais estou de acordo. Mas conflitua um pouco quando é dito que há uma conveniência partidária posterior. Não há conveniência partidária posterior. O que a direcção do PCP me afirma é que essa foi sempre a sua posição. Pretendia renovar o grupo parlamentar e ignorou na totalidade o compromisso que assumiu comigo em 2005. A direcção diz não haver qualquer questão política na sua decisão. É o que acha? Se há confiança política e se a avaliação do meu trabalho é positiva, só posso entender que as consequências da minha recusa sejam actos de punição por não sair da Assembleia. Ou, então, a confiança política e a avaliação não correspondem à realidade. Não há uma leitura política do seu comportamento? Não posso dizer que não há. Se há deveria ser-me dito. Tem condições para cumprir o mandato até ao fim? O momento é de grande dificuldade para mim. Estas são as primeiras punições, não sei se irão seguir-se outras. De momento, vou procurar mecanismos que me permitam continuar o trabalho. Ao contrário do que foi dito, não me foi proposta a Comissão de Saúde. O que o líder parlamentar fez foi, lado a lado com o enunciado punitivo, informar-me que passaria a lá estar. Poderá sair antes? Não faço a miníma ideia. A situação é difícil. Para além de ter saído da Comissão dos Negócios Estrangeiros, não tenho apoio. Não receia tornar-se numa deputada irrelevante? O objectivo que me foi enunciado foi o de que, não tendo libertado o lugar, ser-me-ia retirado todo o trabalho. Vai ficar assim até 2009? Naturalmente, se eu considerar que não tenho condições para exercer o mandato, com os deveres e os direitos a que sou obrigada em termos dos estatutos dos deputados, terei que tomar medidas. Isto acaba com a saída do PCP? O que disse aos que comigo falaram foi que, por decisão própria, não sairei do PCP. Mas a direcção do partido pode entender que a expulsão é o acto político seguinte. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
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Há que expulsar esta traidora e já! | Jerónimo Estaline de Sousa | 3/12/06 23:29:33 |