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Subject: Veltroni ganha liderança de nova esquerda italiana | |
Author: MANUELA PAIXÃO (DN, 16.10.2007) |
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Date Posted: 16/10/07 17:11:47 Nas primárias deste domingo, realizadas ao estilo americano, mais de três milhões de eleitores escolheram para secretário-geral do Partido Democrático (PD) o italiano culturalmente "mais filoamericano": Walter Veltroni obteve 75% dos votos. Os outros quatro candidatos à liderança do PD obtiveram resultados muito inferiores aos conseguidos pelo autarca de Roma: Rosy Bindi teve com 14% dos votos, Enrico Letta 11%, e Mario Adinolfi e Piergiorgio Gawvronski apenas 0,1%. O novo partido italiano, fruto de uma "gestação" longa, filho de muitos "pais" com histórias e origens políticas das mais diversas, foi projectado como uma ponte para um novo sistema político, não só nacional, mas europeu. Os três milhões e meio de eleitores são os seus sócios fundadores e isso constitui um acontecimento democrático que não tem precedentes na política italiana. Nestas primárias puderam votar pela primeira vez jovens com idades a partir dos 16 anos e imigrantes com autorização de residência em Itália. O PD ultrapassou a primeira prova, que era a participação eleitoral, num domingo solarengo e numa altura em que aumenta no país a rejeição contra a classe política. Deixados de lado os computadores com os blogues antipolítica abertos, ignorados os dossiês que denunciam o elevado custo das instituições, as sedes improvisadas para o voto começaram a encher-se desde as primeiras horas da manhã de domingo, com eleitores que contribuíam com pelo menos um euro. Os números da organização das primárias são imponentes: mais de 11 mil sedes de voto, 70 mil voluntários, mais de 35 mil candidatos nas listasdos cinco candidatos. Tudo isto fez aumentar o interesse numas eleições não oficiais, num dos momentos mais difíceis e impopulares para o Governo de centro-esquerda, liderado por Romano Prodi. Não é, por isso, difícil calcular o impacto que o PD poderá ter na actual vida política italiana. É conhecida a difícil coabitação existente entre o primeiro-ministro Prodi, cada vez menos popular, e a sua maioria no Senado, que é quase inexistente. O novo PD poderá assumir posições opostas às que têm sido defendidas pelo Governo, pois caso decida ficar agarrado à "lealdade" não conseguirá impor uma nova linha política para o país. Veltroni deverá marcar a sua autonomia do Governo, sobretudo daquela esquerda radical, de que Romano Prodi depende ainda para ter a maioria parlamentar. A reforma eleitoral será o seu primeiro grande tema-desafio [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |