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Subject: Algumas ideias avulsas


Author:
Guilherme Fonseca Statter
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Date Posted: 21/10/07 13:59:28
In reply to: Alejandro Nadal 's message, "Prémio Nobel de Economia: paradoxos e metáforas" on 18/10/07 14:47:21

Não me parece muito adequado que se considere os membros do Comité do Prémio Nobel de "tão coservadores".
A menos que tenham mudado muito ou que tenham feito uma forte guinada para a Direita. É que foi esse mesmo comité (se calhar outros membros?...) quem atribuíu o prémio Nobel a pessoas como Stiglitz (demitido do Banco Mundial por ser "demasiado keynesiano") ou Amartya Sen (pelos seus trabalhos sobre a pobreza e o Estado Providência).
Estaríamos aqui perante uma falácia do estilo "se não és progressista ou da "minha esquerda", então és conservador".
É capaz de não haver aqui paradoxo nenhum.
Se calhar é capaz de ser apenas a maneira como os membros do comité (estes ou outros antes deles...) vão dando sinais à comunidade académica (dos cientistas sociais) de todo o mundo, de como "quem merece os prémios do Banco da Suécia em memória de Nobel", são "pessoas que vão contribuindo para expor e desmistificar as utopias do neoliberalismo".
Isto aliás já vem de trás.
Já outros economistas receberam prémios "Nobel" por terem demonstrado o oposto da teoria convencional do "equilibrio geral" (perfeito e estático, diga-se de passagem) que se ensina nas escolas, institutos e faculdades de todo o mundo.
Faz-me lembrar o filme de 2001 sobre John Forbes Nash ("A Beautiful Mind"), o qual ganhou o referido prémio em 1994 pelas mesmas razões. No filme há uma pequena cena "que diz tudo"... O "reitor" lá da escola ou faculdade chama o John Nash ao seu gabinete para rever a tese por este submetida e pergunta-lhe se ele tem consciência de ter "escaqueirado" com todo o corpo central da teoria económica convencional" (ao demonstrar que a cooperação resulta mais eficiente do que a concorrência da utilização e recursos e realização de objectivos).
Há aqui - neste artigo - um outro aspecto que me causou alguma perplexidade.
É a confusão implícita entre por um lado "alcance do equilíbrio" e, por outro lado, "eficiência da 'assignação' (atribuição ou distribuição) de recursos e resultados".
O único equilíbrio estático que se pode alcançar é "congelando" a realidade. Os tais "factores restritivos". Como não há como "congelar" (ou critalizar) a Oferta (só através do famigerado "Plano" e mesmo assim...) ou como "congelar" a Procura (também só através de um "Plano" que determine rigorosamente - sem desvios - o que é que cada agente pode querer consumir). O que temos tido (e provavelmente continuaremos a ter) na vida real, são permanentes buscas de "equilíbrios tendenciais mas instáveis".
"Isto" tem pouco a ver com o mercado ser ou não ser um "mecanismo eficiente" para atribuir recursos.
A História dos últimos séculos demonstra à saciedade que a Humanidade ainda não conseguiu inventar um mecanismo mais eficiente para a atribuição de recursos. Não é uma questão de Fé, é uma questão de observação.
Claro que isto não impede que se conclua também que essa "eficiência" possa resultar - e resulta - em profundos desequilibrios e contradições.
Ao fim e ao cabo vamos sempre caír na estória da aparante incapacidade da parte da maioria dos observadores em pensar dialécticamente.
Simplesmente NÃO HÁ EQUÍLIBRIOS ESTÁTICOS.
Como dizia o Poeta

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.


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