Trab. A psican�lise dos contos de fadas -- LITERATURA INFANTIL

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Date Posted: Tue September 11, 2007 10:30:04
Author: Daiany Carreiro
Subject: Trab. A psican�lise dos contos de fadas

Daiany da S. Carreiro Peralta Castro
Disc.: Literatura Infantil
Curso : Letras � CEULP � ULBRA
Prof�- Ivan Cupertino Dutra

A Psican�lise dos contos de fadas

Segundo o livro �A Psican�lise dos Contos de Fadas� de Bruno Bettelheim, os seres humanos perseguem objetos de desejos j� que est�o fadados a n�o alcan�ar algo que traga significado a suas vidas. Inicialmente o autor aborda que as crian�as possuem uma habilidade quase nata que �, viver o presente muito mais do que os adultos, embora tenham ansiedades sobre seu futuro. E para superar as dificuldades cotidianas que elas crian�as se deparam, � necess�rio que sejam dadas sugest�es de forma simb�lica de como podem lidar com problemas existenciais ou confus�es mentais do comportamento dos adultos, principalmente dos pais, sendo assim, segundo Bettelheim os contos de fadas poder�o simplificar os fatos e as situa��es cotidianas, mostrando de forma simb�lica como lidar com os problemas, que o mundo n�o s� tem coisas boas, mas tamb�m ruins.
Para Bettelheim �A psican�lise foi criada para capacitar o homem a aceitar a natureza problem�tica da vida sem ser derrotado por ela�. Pg.17, os contos de fadas s�o obras que segundo o autor n�o tem indica��o de idade para leituras, para ele a import�ncia da leitura de um determinado conto de fada n�o ir� depender da idade e sim da particularidade que cada crian�a passa naquele momento, qual a vis�o de mundo que ela j� crian�a pode absorver de determinada hist�ria.
O conto de fadas � sugestivo, podendo implicar solu��es, nunca soletra-las, a vis�o de mundo apresentada em um conto de fadas est� de acordo com a da crian�a, tendo em vista que para a crian�a tentar entender o mundo � mais f�cil esperar respostas e objetos que despertam sua curiosidade, assim como nos animais. Elas esperam que eles falem sobre as coisas que s�o realmente significativas para elas. � natural para ela, acredita que o homem se transforme num animal ou ao contr�rio, � mais f�cil para ela acreditar e compreender, que �a terra repousa numa tartaruga, ou � sustentada por um gigante�. Essa transfigura��o e muta��o de humano para animal ou de humano para objeto facilita a compreens�o de algumas coisas que pare�am irreais e ao mesmo tempo assustadoras para a crian�a.
Fora deste mundo, conforme relata o autor Bettelheim, existem jovens que foram prematuramente inseridos na maturidade e que n�o tiveram acesso a fantasia e os s�mbolos existentes nas f�bulas, ficando inaptos a enfrentar os rigores da vida, buscam no hoje, de alguma maneira escapar da realidade. Acredito assim como o autor que, as f�bulas s�o meios de escape da realidade, que proporcionam fantasiar ou transformar situa��es cotidianas duras e frias em algo menos assustador.
Nos contos de fadas mencionados no decorrer na narrativa na obra A psican�lise dos Contos de fadas �valem lembra que todos prop�em leituras que relacionam a fam�lia e os integrantes dela. A conviv�ncia familiar, as diferen�as familiares, os pais que viram monstros e as m�es que viram madrastas. Enfim, hist�rias que comp�e o mundo adulto, cada conto de fada poder� representar de forma diferente que na vida encontramos muitos conflitos que devemos dominar e experi�ncias dolorosas das quais por meio dos contos de fadas as crian�as conseguem superar. E para exemplificar a coloca��o temos
dentre um dos cl�ssicos dos contos de fadas �A branca de Neve� em que a personagem Branca de Neve apresenta-se com um conflito maior n�o com os adultos em geral, mas apenas com seu pai, que n�o se preocupa com seus sentimentos, casando-se com um mulher m�. E por n�o acompanhar o seu cotidiano permite, que a Madrasta tente envenenar Branca de Neve, s� por um capricho de beleza exterior.
Assim pode tamb�m ocorre na vida real, em que a crian�a rejeitada pelo pai e maltratada pela madrasta, transforma por meio da fantasia, o pai em monstro e a madrasta como o pr�prio nome j� diz em Madrasta, por�m por mais amea�adores que os pais pare�am � sempre a crian�a que vence, e a madrasta � derrotada como no final de todos os contos.
Por fim, a fun��o de encantamento se refere ao estado de �xtase, atingido a partir da narrativa do maravilhoso que transporta o cotidiano banal para o universo do conto e a presen�a do maravilhoso � necess�ria para o equil�brio da raz�o.

BIBLIOGRAFIA

BETTELHEIM, Bruno. A psican�lise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1980.

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