lit. infanto-juvenil -- LITERATURA INFANTIL

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Date Posted: Sat September 15, 2007 09:17:27
Author: Gleydson Moreira (lit. infanto-juvenil)
Subject: lit. infanto-juvenil

CEULP/ULBRA � CENTRO UNIVERSIT�RIO LUTERANO DE PALMAS
ACADEMICO: Gleydson Moreira Neves dos Santos.
PROFESSOR: Ivan Cupertino.
DISCIPLINA: Literatura Infanto-Juvenil

AS METAMORFOSES EM �O CASTELO MISTERIOSO� DE GERUSA RODRIGUES PINTO

O conto come�a com �no alto de uma montanha distante, havia um misterioso castelo�, que todos diziam que era encantado e por isso ningu�m se aproximava dele, pois, acreditavam que era habitado por uma bruxa malvada enquanto outros imaginavam ser habitados por um an�o horrendo, o que deixava o castelo com tamanho mist�rio e encantamento que o tornava assombroso.
O conto tem como her�i um pr�ncipe chamado Ricardo que ao chegar numa aldeia pr�xima ao castelo, perguntou para os moradores quem seria que o habitava. Os moradores da regi�o n�o sabendo da resposta deixaram-o curioso e ele foi v� o que havia no castelo. Ent�o, chegando l�, encontra um an�o horr�vel que tentou impedir a sua chegada, por�m, o pr�ncipe com um grande empurr�o, abriu a porta e percebeu morcegos voando e uma bruxa mexendo suas po��es m�gicas.
No interior do castelo tinha tamb�m uma linda princesa acorrentada, a qual Ricardo resolveu libert�-la. No entanto quando tirava a espada para lutar com a bruxa, ela transformou-se num drag�o, que assim j� estava derrotando o jovem pr�ncipe, quando uma fada chegou e o salvou ao tocar a vara no drag�o (bruxa), desfaz-se ent�o todo o encantamento que a malvada tinha colocado no castelo.
Da� em diante todas as pessoas que a bruxa tinha transformado em est�tua voltaram � vida, inclusive o Rei. O rei, em agradecimento, ofereceu metade do seu reino e sua filha a casamento com o pr�ncipe que se apresentou como �filho de um rei de um pa�s vizinho�. O an�o e a bruxa perderam seus poderes e foram expulso do reino para nunca mais voltar, o povo sentiu-se feliz com isso.
O pr�ncipe Ricardo casou-se com a princesa Diana, que mais tarde depois que o velho morreu, governou o reino sendo querido por todas as pessoas pela coragem e hero�smo como tamb�m respeitado por todos.
No conto, a bruxa se transforma em drag�o para matar o pr�ncipe. As metamorfoses s�o casos predominantes nos contos de fadas e em toda a hist�ria da humanidade. Segundo Salvatore (1995), a metamorfose est� presente na literatura desde Circe em Odiss�ia que transforma os companheiros de Ulisses em porcos. Depois, 246 f�bulas metam�rficas de Ov�dio baseada nos poemas As metamorfoses de Nicandro de Colof�o (fim do s�culo III a.C.), que muitos foram perdidos, consiste nas mais belas transforma��es.
H� no conto a metamorfose das pessoas em est�tuas, o que d� um car�ter de fant�stico ao mesmo, aproximando-se dA metamorfose kafkiano em que o personagem transformado (Gregor Samsa) � paciente e inofensivo, assim como os personagens de O castelo misterioso. Tal fato acontece sem porque e sem explica��o, o que d� uma sugest�o de um mundo cheio de obst�culos e imprevis�vel.
A sa�da de um pr�ncipe do seu pa�s de origem em busca de aventura, procurando desvendar mist�rios e resolver problemas de outro pa�s pode ser interpretada como uma busca de independ�ncia, de novos caminhos e de liberta��o pessoal. Assim, sai de um mundo onde tudo est� em �tima perfei��o e harmonia, contrastando com os riscos que corre no caminho para a felicidade inconsciente (independ�ncia e liberta��o).
Se o her�i n�o morreu depois de todos os riscos que passou na hist�ria � de se deduzir que ainda vive e viver� no desejo dos ouvintes ou leitores, pois, pode ser exemplo de her�i a ser seguido e admirado, romper assim a barreira da realidade e basear-se ent�o no ideal, no ser idealizado.
Portanto, trata-se em termo geral das possibilidades dos meios de liberta��o, mas que esses meios podem ser restritos dependendo das persist�ncias do sujeito que quer conquist�-la. Isso pode ser confirmado no momento em que o pr�ncipe sai de seu pr�prio lar, onde possivelmente seria Rei mais tarde, em busca dessa liberdade enquanto tinha v�rios outros com as mesmas possibilidades que n�o tentaram, talvez com medo do destino.

REFER�NCIAS BIBLIOGR�FICAS:
D�ONOFRIO, Salvatore. Teoria do texto I: Proleg�menos e teoria da narrativa. S. Paulo: �tica, 1995.
PINTO, Gerusa Rodrigues. O castelo misterioso. Belo Horizonte - MG: FAPI LTDA (cole��o infantil: Alem do arco-�ris)

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