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Date Posted: Fri October 19, 2007 16:53:30
Author: Maronilda Oliveira Alvarengua (Conto de fadas)
Subject: Boa Tarde! Análise do conto de fadas Rosa Branca e Rosa Vermelha

Resumo e Análise do conto de fadas: Rosa Branca e Rosa Vermelha, baseado no Livro “A Psicanálise dos Contos de Fadas”, de Bruno Bettelheim.

No jardim da casa de uma humilde senhora viúva, que vivia com suas duas filhas: Rosa Branca e Rosa Vermelha.
Ao lado da janela do quarto dessa senhora haviam duas roseiras: uma com rosas brancas e a outra com rosas vermelhas.
Rosa Branca e Rosa Vermelha, um dos contos dos irmãos Grimm, trata da estória de duas irmãs, muito unidas mas, de personalidades diferentes, viviam com a mãe viúva em uma humilde casinha. Além de unidas eram trabalhadeiras, elas passavam por situações especiais, como vamos ver a seguir. As meninas ajudavam a mãe fiando e arrumando a casa. A mãe delas abrigou um urso dentro de casa, quando este estava com frio e foi procurar abrigo.
Rosa Branca e Rosa Vermelha, não tinham medo de andar sozinhas na floresta, colhendo amoras. Os animais não mexiam com elas. Quando chegava a noite e ainda estavam na floresta, elas adormeciam ali mesmo.
Aconteceu que elas passaram a noite na floresta, quando a aurora chegou, elas viram uma linda criança estava usando roupas brancas e estava sentada ao lado delas, olhando para elas, e foi embora, ou seja, desapareceu.
Rosa Branca e Rosa Vermelha tinham passado a noite ao lado de um precipício.
A mãe delas abrigara um urso, mas não sabia que ele era um príncipe com a maldição lançada por um anão malvado.
À noite em casa, sentavam à Beira de uma lareira e sua mãe lia bem alto em um grande livro, as mãozinhas das meninas fiavam, e perto delas, ficava um cordeirinho, e atrás, em cima do poleiro uma bomba bem branquinha, quando o urso bateu na porta pela primeira vez, ele meteu a cabeça através da abertura da porta. A Rosa Vermelha soltou um grito, o cordeirinho pôs-se a balir e a bomba a voar, Rosa Branca se escondeu atrás da coma.
O urso disse para que não tivessem medo dele dizendo: estou gelado me deixem aquecer perto da lareira? A mãe das meninas pediu que acalmassem, e todos voltaram pouco a pouco para a sala.
Logo depois o urso disse: meninas tirem a neve que tenho nas costas! E as meninas tiraram e limparam seu pêlo, o urso gruniu de satisfação, e puseram-se a brincar com ele. Puxando seu pêlo com as mãos, trepando nas costas dele, e batiam no urso, com uma varinha.
No dia seguinte o urso foi embora para a floresta, ao passar na porta ele esfolou a pele na fechadura, Rosa Branca viu o brilho de ouro, mas não entendeu nada.
Rosa Branca e Rosa Vermelha, unidas e trabalhadeiras andavam de mãos dadas, e mantinham a casa sempre limpinha, no inverno Rosa Brancas arrumava tudo, e no verão era a Rosa Vermelha.
As meninas foram para a floresta a pedido da mãe, para pegar lenha e gravetos, viram uma árvore caída e algo se mexendo, pulando de um lado para o outro, perceberam que era um anão, envelhecido, enrugado com uma barba grande. Aponta da barba dele estava presa numa fenda da árvore. Rosa Vermelha perguntou como tinha prendido sua barba ali. O anão gritou sua estúpida! eu quis partir este para obter lenha miúda na cozinha, pedaços grandes o pouco que tenho queima logo.
As meninas conseguiram tirar a barba dele. Rosa Banca pegou uma tesourinha do bolso e cortou a ponta da barba. Quando o anão se soltou pegou um saco cheio de ouro, e foi embora dizendo suas burras! Cortaram minha barba! o diabo vos recompense!
Depois elas foram pescar ao chegarem no rio viram alguma coisa pulando à beira d'áqua, era o anão. Para pescar, ele pegou a linha, porém o vento enrolou sua barbas na linha e, um grande peixe mordeu o anzol, ele se agarrava nos ramos mas era inútil. Então as meninas cortaram novamente a barba dele para livrá-lo, e ele gritou suas patas chocas já cortaram a minha barba uma vez e agora corta a parte mais bonita dela! Pegou o saco de ouro e saiu pela floresta.
A mãe delas mandou novamente irem à cidade fazer compras, viram novamente o anão preso nas garras de um enorme pássaro, elas puxaram o anão até o pássaro soltá-lo. E, o anão gritou: estragaram meu casaco! Suas palermas! Ele pegou novamente o saco de ouro e foi embora. Elas não incomodavam com a ingratidão do anão.
Logo depois depararam com o anão despejando um saco de pedras preciosas no chão. O sol bateu nas pedras e brilhava muito. O anão estava xingando as meninas, vermelho de raiva, quando ouviram um grunido e, um enorme urso negro saiu da floresta. O anão pulou de medo, queria esconder mas não deu tempo, o urso cortou-lhe o caminho, o anão implorou para ele deixar vivo, ofereceu todos seus tesouros, fazendo: você nem me sentirá enter seus dentes, come essas duas meninas que são gordinhas. O urso lhe deu uma patada e ele estendeu-se no chão.
Rosa Branca e Rosa Vermelha, fugiram, o urso as chamou pelos seus nomes e elas o reconheceu, pararam quando o urso alcançou caiu sua pele e surgiu um lindo rapaz, vestido de trajes dourados dizendo, eu sou filho do poderoso rei, este anão me condenou a vagar pela floresta em forma de urso, depois de ter roubado todos meus tesouros e só com sua morte eu me livraria.
Rosa Branca, casou com o príncipe e Rosa Vermelha casou-se com o irmão do príncipe.
Partiram todos os tesouros, a velha mãe viveu muitos anos feliz junto de suas lindas e queridas filhas, e seus genros.
As roseiras plantadas diante da janela do quarto, todos os anos continuam dar suas lindas rosas brancas e vermelhas.


Análise.
Em uma casa humilde vivia uma senhora viúva com duas filhas, elas se chamavam Rosa Branca e Rosa Vermelha.
É importante frisar que o ser humano vive como se estivesse em dois mundos, sendo um visando a parte material, ou seja, o mundo real físico, e o outro seria o próprio conhecimento interior a nossa parte espiritual.
Na parte biográfica, podemos perceber a presença do eu o príncipe alguém superior desejado pelas donzelas e o eu a nossa própria consciência.
Rosa Vermelha, a cor da sedução, do sexo, ela era mais atirada, gostava de brincadeiras bruscas, de correr etc. Rosa Branca, era pacata meiga, humilde ocorrendo assim o impulso à formação e o reconhecimento do próprio eu. Se predominar o impulso fica difícil para o ser humano se livrar das suas paixões e suas vitalidades.
A nossa alma ou a nossa psique também vivem em duas dimensões: um origina os impulsos do corpo (matéria) e o nosso espírito (forma), são expressados pelo príncipe encantado que se transforma em urso.
Rosa Branca e Rosa Vermelha eram unidas chegavam a andar de mãos dadas, isso representa a forma e a matéria que não se separam.
O ser humano se desenvolve entre os impulsos originários do seu eu com oposição ao próprio equilíbrio, elas iam para a floresta e brincavam com o urso vivenciando seus processos vitais e seus próprios ideais.
“O ser humano, ao longo de sua vida, vai acumulando e vivenciando experiências, às vezes positivas e muitas vezes traumáticas”. “A psicanálise dos contos de fadas”, dos Irmãos Grimm.
As brincadeiras, os jogos vivência artística, prepara para a própria autonomia e responsabilidades e isso faz construir a harmonia tão sonhada. Os contos de fadas penetra profundamente no desenvolvimento do ser humano.
Muitas pessoas buscam inspirações nos contos de fadas para suas vidas. “A Psicanálise dos contos de fadas”.
As crianças até oito anos só conseguem entender os conceitos científicos depois de considerar as experiências subjetivas. A criança é ingênua e recebe o que lhe é oferecido, até os sete anos ela vive cm uma grande entrega e procura proteção e confiança...um saco cheio de ouro.
Uma vez... as meninas... passaram a noite na floresta...o anjo da guarda que vigia as crianças.
O primeiro setênio, encontra-se a camada inconsciente mais profunda do ser humano. As crianças tinham passado a noite na floresta, deitas à beira de um precipício e teria caído se não fosse o anjo da guarda, que vigia as crianças...e isso fica guardado na mente, e também nos nossos sonhos. A inconsciência começa ser invadida através do pensamento, pela força da alma e rondam a vida das crianças como se fosse... maus anões. O primeiro setênio já foi roubado... dois sacos de ouro do segundo setênio, e três sacos de ouro no terceiro setênio.
Se o ser humano não for respeitado, haverá o roubo do ouro, que está bem guardado na terra, assim como a estrutura do ser humano representado pelo corpo físico.
“Os contos de fadas “ são importantes na medida que permite que a criança, através da associação livre, faça um processo de entendimento mágico da criança, estão personificados num bom conto de fadas, seus desejos destrutivos, numa bruxa malvada: seus medos, num lobo veroz; as exigências de sua consciência, num homem sábio encontrado numa aventura, suas raivas ciumes, em algum animal que bica os olhos de seus arquirivais. Desta forma a criança começa a ordenar essas tendências contraditórias, e alivia seus temores e suas angústias. Respeitar o pensamento as imagens ações das crianças para acontecer um bom aprendizado se não...o anão rouba os dois sacos de ouro.
Na terceira etapa acontece o confronto com o mundo com a própria consciência, que deverá sempre ter idéias claras. Ao expressar seu eu envolve a aura e fortes idealizações... que são os três sacos de ouro...
O medo do desconhecido nos assusta, e nos deixa inseguros e isso pode atrapalhar o nosso conhecimento da sensibilidade, das atividades, capacidade e até mesmo conquistas.O medo ao encontrar dificuldades ao longo do caminho, um anão malvado. Enfrentar os obstáculos que aparecer em nossas vidas para lutarmos e sermos vencedores, caiu a pele do urso e surgiu um lindo príncipe.
Segundo o livro “A Psicanálise dos Contos de Fadas” de Bruno Betelheim. Muitos pais tem medo que seus filhos sejam arrebatados pela fantasia, que os contos de fadas os façam acreditar em mágicas.
“Sou filho do poderoso rei, - disse ele, este anão mau me condenou a vagar pela floresta sob forma de um urso, depois de ter roubado os meus tesouros e só com a sua morte eu poderia me libertar.
As situações especiais vividas pelas duas irmãs Rosa Branca e Rosa Vermelha, acontece quando a mãe abriga um urso dentro de casa, depois, quando ambas ajudam por três vezes o anão, este ingrato por sua vez. E por fim ao descobrirem que o urso fora amaldiçoado pelo anão, ladrão do tesouro, vêem o rompimento do feitiço.
A Rosa Branca casa-se com o príncipe, e rosa Vermelha, com o irmão do príncipe, a mãe delas desfruta da riqueza e todos vivem felizes.
Na vida, o “viver feliz”, nem sempre acontece. Podemos identificar três fazes importantes no desenvolvimento do ser humano tanto físico como psíquico. A morte é enfocada em forma de justiça, quando o urso mata o anão com uma patada, quebrando assim o encanto que o anão lhe lançara. O feitiço quebrado é a resolução do problema e a satisfação do dever cumprido.
Os contos de fadas tratam do fascinante mundo da imaginação, é a influência dos contos, que nos fazem recordar com muita saudades, as estórias que ouvimos na nossa infância.




Bibliografia:

Bruno Bettelheim (“A Psicanálise dos Contos de Fadas.
Claressa Pinkola Estés (Psicanalista: Fábulas e Contos de Fadas.
Moderna Gramática Portuguesa (Evanildo Bechara)
Fábulas de Esopo .

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