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Date Posted: 11:17:23 04/30/10 Fri
Author: Elisa S. Neves
Subject: Resumo - PAJARES (1992)

O estudo de crenças vem conquistando seu espaço no mundo acadêmico e as pesquisas estão cada vez mais avançando em termos conceituais e terminológicos. Pajares (1992) descreve em seu artigo a grande dificuldade e a confusão que o termo “crenças” gera quando é necessário conceituar ou definir algo devido às diferenças de compreensão do termo. Há muitas pesquisas sobre crenças de professores, de alunos e suas implicações práticas na rotina diária de sala de aula. As crenças dos professores permeiam todas as ações, julgamentos, percepções e seu comportamento em sala de aula.
A pesquisa em crenças tende a ser considerada um mistério, algo quase impossível de ser pesquisado e estudado devido a dificuldade de investigação empírica, e é normalmente considerada uma área de estudo da filosofia. Atualmente, o estudo de crenças está abrangendo diversas áreas científicas, tais como medicina, direito, sociologia, entre outras, pois é necessário investigar assuntos relacionados às atitudes e valores dos profissionais que atuam nestas áreas.
Pajares (1992) questiona as pesquisas sobre crenças, pois é preciso ter clareza de pensamento e expressão, mas também é necessário escolher com precisão os termos e palavras a serem utilizadas. Muitas palavras são utilizadas para se referir a “crenças”, tais como julgamentos, pensamentos, opiniões, percepções, entre muitas outras. A maioria dos autores sugere que estes construtos são apenas palavras diferentes que significam a mesma coisa. E a confusão normalmente acontece ao se tentar entender a distinção entre crença e conhecimento.
Nespor (1987) identificou em seus estudos quatro pontos marcantes que são característicos de crenças. Dentre eles a suposição existencial, que estaria relacionado às verdades que cada um possui; alternatividade, ou seja, as pessoas tentam criar uma situação ideal, ou alternativa diferente da realidade; afetividade e carga avaliativa, este ponto esta relacionado à diferença entre crença e conhecimento, pois as crenças dizem respeito aos julgamentos e avaliações que fazemos, estando mais relacionada ao componente afetivo; e por fim, estrutura situacional, ou seja, as crenças residem em memórias de situações e experiências passadas, bem como transmissões culturais.
As crenças diferem de conhecimento devido à dificuldade de se mudar uma crença, e quando essa mudança acontece não é devido a uma razão específica, essa mudança acontece instantaneamente. Já o conhecimento está sempre sujeito a avaliações e são passíveis de mudança. O conhecimento é emocionalmente neutro e único em cada individuo; já as crenças estão envoltas por uma atmosfera emocional e são repletas de julgamentos.
Anderson (1983, 1985) categorizou conhecimento como conhecimento declarativo e conhecimento procedimental. O conhecimento declarativo diz respeito ao conhecimento que o professor tem sobre determinado assunto ou conteúdo e o conhecimento procedimental se refere ao como o professor irá ensinar esse conhecimento. Já Paris, Lipson e Wixson (1983) introduziram um terceiro tipo de conhecimento, o conhecimento condicional. O conhecimento condicional como, por que e sob quais condições o professor ira utilizar o conhecimento declarativo ou procedimental. Um exemplo seria sobre controle de sala de aula, muitas vezes o professor sabe o que precisa ser feito e como colocar em prática, mas não tem certeza de quando deve fazer ou sob quais condições esse conhecimento é apropriado.
É importante mencionar também Lewis (1990), pois ele argumenta que os dois construtos, conhecimento e crenças, são sinônimos, mas que envolvem processos cognitivos diferentes. Pintrich (1990) cuidadosamente argumenta que pesquisas têm demonstrado que conhecimento e crenças influenciam uma grande variedade de processos cognitivos, tais como memória, compreensão, dedução, indução, representações e soluções de problemas.
Ao perceber todas essas discussões acerca dos termos crenças e conhecimento, fica claro o posicionamento de Pajares ao se referir ao termo crenças como “a messy construct”. Muitos autores explicam e argumentam sobre seus pontos de vistas e resultados de pesquisas, mas de maneira geral, pode-se resumir o termo crenças como algo baseado em julgamentos e avaliações e conhecimento como sendo um fato objetivo.

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