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Date Posted: 12:27:59 11/18/03 Tue
Author: Lucia
Subject: O governo federal começou este ano a incentivar fortemente a adoção de softwares livres como o Linux na administração, reforçando medidas semelhantes de outros países contra a dominação do mercado por programas proprietários pagos.

A iniciativa quer reduzir os mais de 100 milhões de reais gastos anualmente em licenças de softwares proprietários e bate de frente com empresas como a Microsoft, cujo sistema operacional Windows está presente em pelo menos 90 por cento dos computadores do mundo.

O esforço está sendo capitaneado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão vinculado à Casa Civil, e também quer melhorar a balança comercial brasileira com aumento de exportações de serviços na área de software e redução das remessas de recursos ao exterior pelo pagamento de licenças.

"Vivemos ainda a supremacia do software proprietário e não conseguimos exportar software. Compramos 10 vezes mais do que exportamos", reclama o presidente do ITI, Sérgio Amadeu. Ele também é responsável pelas diretrizes a serem implementadas pelo governo até 2004 para reduzir o uso de softwares proprietários na administração federal.

Por causa do déficit comercial gerado pelo setor de software, que foi de 1 bilhão de dólares em 2001 segundo a Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), o governo recomendou que seus órgãos parassem de comprar computadores que já venham com um sistema operacional instalado, geralmente o Windows.

Ao mesmo tempo, lançou vários projetos-piloto para substituir aplicativos de escritório, sistemas e bancos de dados por soluções livres baseadas em Linux.

"Isso (a substituição completa de tecnologia) não é para daqui um ou dois anos. Eu diria que seria possível cumprir 80 por cento disso daqui há três anos somente", afirmou o diretor do departamento de integração de sistemas do Ministério do Planejamento, Ricardo Sigaud.

Tal postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva coloca o Brasil na mesma campanha de países como China, Japão e Coréia do Sul, que lançaram em setembro uma iniciativa para a criação de um sistema operacional aberto concorrente do Windows.

Microsoft no Brasil

No ano fiscal de 2002, o faturamento das empresas parceiras da subsidiária brasileira da Microsoft chegou a 878,5 milhões de reais, dos quais seis por cento correspondem a vendas para o governo, segundo o diretor de marketing e negócios da empresa, Luiz Marcelo Moncau. A empresa não divulga dados de receita por país.

Por enquanto, a corrida pelo software livre não afeta a receita da companhia no Brasil, afirma o diretor. Para o coordenador do Centro de Informática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas, professor Alberto Luiz Albertin, se a orientação do governo não impacta o mercado num primeiro momento, ela pode sinalizar uma tendência.

"É inevitável que isso mexa com o mercado. Essa atitude cria uma confiança no setor sobre o sistema e pode incentivar num segundo momento a criação de um grupo mais amplo de usuários", afirma. Segundo ele, o número de grandes e médias empresas do país que passaram a usar Linux subiu de oito para 12 por cento entre 2001 e 2002.

Custo total

A Microsoft tenta explicar ao governo que no final das contas seus produtos são mais baratos porque precisam de menos suporte que os programas Linux. "Há estudos que demonstram que o custo total de propriedade de tecnologia da Microsoft chega a ser 16 por cento mais barato que Linux", afirmou o diretor-geral da Microsoft Brasil, Emílio Umeoka, em recente entrevista à Reuters.

Além do custo, a gigante do software prepara uma proposta de descontos para ser apresentada ao governo dentro dos próximos 90 dias. "Na prática, o governo gostaria de ter uma negociação diferenciada e a gente entende isso e estamos nos esforçando para atender a essas necessidades de custos", afirmou Moncau. "Sempre defendemos a livre escolha."

Segundo Amadeu, do ITI, a idéia não é trocar todos os programas do governo por soluções Linux, mas "usar preferencialmente software aberto e não-proprietário". Nas orientações do instituto constam a popularização do software livre, a restrição do parque de computadores novos que usam aplicativos proprietários, o incentivo do mercado nacional para adoção de programas abertos e o uso de software livre para promover a inclusão digital.

Cada órgão do governo tem autonomia para escolher se quer ou não implantar o software livre, mas a orientação geral é identificar em que áreas ele pode ser utilizado, disse Sigaud, do Planejamento.

O governo Lula tem meta de levar a informática para escolas públicas, mas o projeto ainda não saiu do papel em parte por falta de recursos. Segundo cálculos de Amadeu, seriam necessários 200 milhões de dólares a cada dois anos somente com licenças de programas para informatizar 100 mil das 170 mil escolas públicas do país.

"A inclusão digital maciça da sociedade brasileira é insustentável no modelo proprietário", afirma o presidente do ITI. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), apenas cerca de 10 por cento das escolas públicas do país tinham um laboratório de informática no final de 2002.

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/economia/mundovirtual/artigo/0,,1412179,00.html

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