| Subject: Fatídica e definitivamente o testamento de J.R.B. |
Author:
Dante
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Date Posted: 14:57:06 01/13/03 Mon
In reply to:
Eduardo Contreiras
's message, "Rosa Beatriz" on 18:52:16 12/05/02 Thu
A polémica instala-se em S. Brás de Alportel e, a julgar pelos e-mails enviados para este fórum, parece estar ao rubro. Uns, de pedra e cal defendendo os seus ideais, não concordam com a publicação do testamento de João Rosa Beatriz. Outros, porém, quaisquer que sejam os seus ideais pretendem, simplesmente, que não apenas a população de S. Brás de Alportel, como todo o Algarve, conheça um pouco melhor a sua história. .
Aqueles que querem defender os seus ideais parecem recear que estes sejam deitados por terra, uma vez que o testamento contraria os mesmos , alegando airosamente não estar em condições de publicação ( e percebe-se, para essas pessoas não estaria nunca ), impedindo a população de S. Brás de conhecer a sua própria história. Dir-se-ia mais, (e provado históricamente desde os primórdios)manter o povo na ignorância é a melhor arma contra eventuais revoltas populares e revela-se a melhor guisa de empregar uma doutrina dogmática, aparentemente forte e enraizada na dita população, escondendo o seu lado frágil e quase arcaico. Onde é que isto já se ouviu? Talvez não seja preciso ir mais longe do que anos anteriores a 1974. O povo afirmou-se como um só e as ideias novas abandonaram a toca húmida e bolorenta da clandestinidade. As correntes foram quebradas e o povo saiu à rua em festejo. Porquê privar o povo que conhecer (conhecer apenas, Sra. Maria do Ó) a sua história? Eis uma pergunta que têm uma resposta única, dogmática, que revela o mais profundo egoísmo: Medo! Medo que o povo saia, mais uma vez, da ignorância e que possa, por uma vez, ter a sua opinião, falar do que conhece e não "quando um burro falar limitar-se a espetar as orelhas" como diz o velho ditado.
Quando aos que tudo fazem para ver este testamento publicado resta-me congratulá-los, por permitirem que o conhecimento venha ao de cima.
Quanto à senhora Maria do Ó, que pretende continuar a ignorar esta personagem, recomenda-se que leia mais jornais de supermercado, talvez estes dêem umas luzes à sua mente obscura!
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