Author:
Fernando C. Silva
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Date Posted: 01:27:57 01/15/03 Wed
In reply to:
Dante
's message, "Fatídica e definitivamente o testamento de J.R.B." on 14:57:06 01/13/03 Mon
Não sou são-brasense mas tenho lido atentamente o que se tem escrito sobre o “Testamento Político” (PT). Há posições antagónicas e também algum palavreado que fala mais ao coração do que à razão. Lamento também a falta de educação de alguns “foristas”.
1. Quem tem conhecimento do texto, como Maria do Ó, (alguns indícios indicam que já leu o TP diversas vezes, que domina o conteúdo e tem “conhecimento de causa”), alega que não se encontra em condições de publicação tal como se encontra actualmente. Tem as suas razões e é uma opinião como tantas outras e que merece respeito embora se possa discordar. Não me parece que seja uma atitude puramente obscurantista ou leviana a sua posição. Talvez haja a intenção de salvaguardar o autor. (Publicar o texto como está seria rebaixá-lo).
Mas há também processos de actualizar o texto sem morder no pensamento do autor, embora a tarefa seja árdua e de difícil consenso. (Os erros formais são fáceis (?) de uma actualização mas os outros...). Um dos processos que se pode utilizar é publicar o fac-símile numa página e, na seguinte, o texto actualizado para que o leitor possa comparar. Parece que seria o processo mais normal e que sempre se utilizou na publicação dos documentos antigos. Segundo aquilo que eu percebi (salvo melhor opinião) e se pode deduzir, pois está implícito no texto de Maria do Ó, a doutora não concorda com este processo. Ficávamos a conhecer os demasiados erros do original que denotam falta de cultura geral. Não enaltece o autor como alguém já afirmou.
A publicação de uma redacção actualizada, por outro lado, deveria ter, segundo aquilo que eu conheço, inúmeras notas sobretudo quando há erros de cópia e de transcrição (são inventariados sete tipos de erros) e quando os “resumos” denotam deficiente compreensão do texto original. (É possível, em alguns casos, saber-se a fonte consultada). Mas só uma equipa diversificada em várias áreas o poderá fazer cabalmente. Porém, também este processo não é consensual. A nova redacção esconde a “ingenuidade” do original. O texto ficaria “abonecado” (passe a palavra), com um ar de erudição que não consta no original. Seria um texto escrito por um intelectual e não corresponderia à verdade.
Perante esta situação, não é de ânimo leve que se pode tomar uma decisão. É preciso ponderação. Há com certeza outra saída.
Por hoje não me adianto mais porque o texto já está demasiado comprido. Fico à espera de opiniões, alvitres (soluções) do FORUM.
2. De modo antagónico, há quem apoie a sua publicação com grande veemência, ardor e de modo incondicional. Pelo que eu me apercebi, os apoiantes não têm conhecimento do texto e não podem fazer um juízo de valor. E é pena. Assim, o diálogo não fica no mesmo comprimento de onda. É natural que espevitem a curiosidade. Apoio os apoiantes (passe o pleonasmo). Mas falta ainda um apoiante que tenha lido o TP para que o diálogo espevite mais.
3. A minha opinião, como já vai alta a noite, fica para um novo dia.
NB
1. Para os que não têm acesso ao TP, o texto pretende ser uma “satisfação” (palavra utilizada pelo autor), um esclarecimento aos filhos (e a alguns amigos) acerca da sua atribulada vida e uma justificação de certas atitudes (radicais) que tomou ao longo da vida. Segundo a minha análise, apesar de certas hipérboles de estilo, não contou mentira mas não disse a verdade toda aos filhos.
2. Ninguém me encomendou o sermão nem sou advogado de defesa de ninguém, mas parece-me que o meu amigo não sabe muito bem o que se entende por “jornais de supermercado” (expressão técnica usada em jornalismo). Apropriando-me, sem autorização, do “jeito” de Maria do Ó, consulte o investigador americano David Paletz. Clik.
Fernando Contreiras da Silva
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