Subject: DO CAPITALISMO PARA O DIGITALISMO |
Author:
Luis Blanch
|
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
Date Posted: 09:00:23 11/12/03 Wed
Caro Fernando : Tive acesso aos principais items do teu (vosso) livro e parecem~me temas da maior pertinencia nesta fase histórica do capitalismo e,provavelmente da sua superação em termos de ruptura da sua formação histórica.
De facto, a ampla aplicação das novas tecnologias da informação durante as ultimas duas décadas não foi, não tem sido acompanhada por mudanças substanciais nos padrões de participação dos trabalhadores . Em termos gerais, a tecnologia da informação,devido ao potencial produtivo e o papel novo que confere ao trabalho desperta um interesse renovado na participação dos trabalhadores e ,é notório que numerosas empresas têm e estão a desenvolver novas formas de participação. É indubitável que, para o capital, a utilização com êxito das novas tecnologias depende da boa vontade e motivação da força de trabalho.E é isso que me parece que tende a favorecer a participação directa e possivelmente a participação indirecta.
Sabemos que as grandes rupturas que até agora demarcaram etapas da história do capitalismo sempre se originaram nas transformações infraestruturais: a invenção da maquinofactura pela 1ª revolução industrial,que criou a fábrica e a empresa comandada pelos donos;e a invenção da produção em massa, pela2ª revolução industrial,que gerou a chamada multiempresa,gerida por uma tecnoestrutura profissional.
Cada uma destas etapas do capitalismo caracterizou-se por um tipo de empresa, um modelo,e relações de produção típicas, impostas pelo nível de desenvolvimento das forças produtivas.
estas revoluções, que foram tecnológicas e organizacionais,tenderam a universalizar-se e a impôrse pela competitividade concorrencial.
Uma nova etapa do capitalismo,e que está deante dos nossos olhos , estará ligada às transformações sofridas pela empresa capitalista, em consequência do avanço tecnológico, da globalização e mudanças políticas e ideológicas que penetram nas empresas pelas contradições de classe. A conglomeração e a concorrência aumentam essas contradições no seio das empresas...
e é ao agudizar dessa potencial conflitualidade que os sectores progressistas podem lançar um repto.
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
| |