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Subject: Re: “Públicas virtudes, vícios privados.”


Author:
Luís Carvalho
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Date Posted: 21:30:55 07/08/04 Thu
In reply to: Comentário do blog Barnabé 's message, "“Públicas virtudes, vícios privados.”" on 23:46:22 07/07/04 Wed

Já ouvi conversas destas de amigos meus afectos à direcção do PCP.
É uma cassete que certamente lhes vem de cima. Reflexo da visível preocupação que suscita o crescimento eleitoral do Bloco de Esquerda entre os mandantes da Soeiro Pereira Gomes.
De certo modo é normal essa preocupação. E, se calhar e infelizmente, é normal também a falta de argumentos com que a ela reagem...
O Bloco de Esquerda assumiu publicamente que arranjou dinheiro para a campanha eleitoral pedindo um empréstimo bancário. Qual é o drama? Onde está o tão famigerado delito?
Os mandantes lá de cima do Comité Central dizem-se tão 'marxista-leninistas'... não foi Lénine que recebeu dinheiro do Kaiser alemão para voltar para a Rússia em 1917?
Ou, já que apresentam Estaline como um símbolo do socialismo, não foi ele responsável por assaltos à mão armada para angariação de fundos para o Partido Bolchevique?Sinceramente, gostava de ver os senhores que mandam no PCP serem capazes de reagir com argumentos capazes à crescente concorrência do Bloco de Esquerda.
Enfim, só vem este caso demonstrar mais uma enésima vez a necessidade de um espaço de acção comunista alternativo ao PCP.

>“Públicas virtudes, vícios privados.”
>
>Comentário do blog Barnabé
>
>
>
>É. Já vi que os dirigentes bloquistas escondem este
>assunto como o diabo da cruz. Porque será?
>
>Vamos lá tentar perceber o porquê.
>
>Aqui há tempos o BE aproveitou um tema lançado por um
>excelente blogue, recolheu a informação e a parte que
>lhe interessava e decidiu lançar uma violenta campanha
>contra o governo, contra a CGD (banco público) e
>contra o Grupo Carlyle, a respeito da (re)privatização
>da Galp.
>
>Só focou estas entidades sobretudo para atacar Durão
>Barroso e Grupo Caryle, onde pontificava o dr. Martins
>da Cruz, ex-MNE de Durão Barroso e seu amigo pessoal e
>colegas de docência.
>
>Estranhamente não atacou outras frentes do negócio,
>sobretudo outros accionistas do consórcio Lusoil.
>
>O BE fez a sua campanha, insinuou relações incestuosas
>e, quem sabe?, corrupção aos mais altos níveis
>governamentais, “batendo” fortemente e duramente em
>Durão Barroso.
>
>Daí o slogan: “Vota em quem lhes bate forte.”
>
>Mas meditemos mais.
>
>Porquê que o BE só atacou alguns membros o consórcio?
>Todos sabemos que o governo, para garantir
>transparência ao negócio, nomeou uma “comissão de
>sábios” para analisar e qualificar os consórcios
>concorrentes. Três eram fortes concorrentes. Um, o que
>acabou por se tornar vencedor, ligado a um conhecido
>banco do norte; outro, ligado a outro banco, mas do
>sul; e o terceiro, o focado Lusoil estaria ligado à
>CGD e ao Grupo Carlyle.
>
>O vencedor do negócio foi o consórcio do norte,
>revelando que as suspeitas do BE poderiam revelar-se,
>apenas e só, simples campanha de maledicência. Porque,
>face aos resultados conseguidos pelo governo, foi uma
>vitória política e económica importante para Portugal
>e para o governo. Pois desta forma conseguiu-se vender
>pelo melhor valor possível a Galp, defendendo os
>contribuintes portugueses e, mais que isso,
>conseguiu-se manter em mãos nacionais uma empresa
>desta envergadura.
>
>O BE calou-se. Nunca mais piou sobre o assunto.
>
>Mas pergunta-se. Se for verdade que um conhecido banco
>financiou a campanha eleitoral do BE, qual foi o
>banco? Qual a sua relação com algum dos consórcios
>concorrentes à Galp? E se tiver relações com um dos
>grupos concorrentes ao consórcio Lusoil? Qual a
>transparência destas negociatas, entre o BE e esse
>banco?
>
>Sejamos claros. Se o BE teve importante financiamento
>eleitoral de um banco candidato à Galp e era
>concorrente ao Lusoil, estamos certamente a falar de
>relações perigosas e incestuosas, entre o BE e esse
>banco.
>
>Se o BE recebeu financiamento desse banco, terá sido
>por isso que fez uma campanha política contra um dos
>concorrentes à Galp? Isso é corrupção, ou não é?
>
>E o BE não devia esclarecer os portugueses do porquê
>da campanha contra o consórcio Lusoil? Será que não
>fez uma campanha devido a estas relações perigosas e
>incestuosas, entre o BE e esse banco?
>
>Quem financia o BE? Quais as relações perigosas e as
>negociatas, que envolve petróleo, bancos e políticos
>do BE?
>
>Para um partido moralista e arrogante, que se julga
>transparente, são demasiadas questões para tão poucas
>respostas.
>
>Não será o BE, uma espécie de “prostituta política”,
>disposto vender-se por quem lhes dá mais?
>
>Questões prementes que carecem, e rapidamente, de
>resposta.
>
>Cá o anti-comuna não espera resposta. Já sabe o que a
>casa gasta. Quem se pavoneia de honestidade a toda a
>prova normalmente esconde um manto de podridão. E este
>BE não engana quem está atento ao mundo ilegal dos
>financiamentos partidários. E o BE também foi
>“condenado” pelo Tribunal de Contas. E para quem se
>faz de virgem ofendida…
>
>“Públicas virtudes, vícios privados.” Ah! Ah! Ah! Ah!
>Ah! Ah! Ah! Ah!
>
>“Vota em quem lhes bate forte. Anti-comuna para o
>Parlamento!” Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
>
>Afixado por anti-comuna em julho 7, 2004 02:02 PM

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Replies:
Subject Author Date
Re: “Públicas virtudes, vícios privados.”Observador atento01:27:48 07/09/04 Fri


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