Subject: Re: algumas achas para debate |
Author:
João Lopes
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Date Posted: 12:27:03 07/11/04 Sun
In reply to:
Luís Carvalho
's message, "algumas achas para debate" on 00:04:49 07/11/04 Sun
1 – Está de acordo com o apelo do Redondo “a menos imediatismo” e deseja “a direita fora do poder o mais rapidamente possível”. Tem que escolher. As duas são contraditórias.
2 – Em 2002 as eleições foram para as legislativas e o governo PSD/PP caiu com o abandono das funções do PM. O PR tinha duas escolhas com a mesma legitimidade constitucional: reconduzir o PSD ou convocar eleições. Escolheu reconduzir o PSD e obriga-o a continuar a política e o programa da coligação PSD/PP. Você concorda e eu não e muita gente, tal como o SG do PS, por exemplo...que por isso se demitiu.
3 – O PS nunca pediu ao PCP a viabilização do seu governo. O PCP não pode dar para um peditório inexistente. Lembro-me que na altura (2001) o PCP informou que tinha enviado uma carta ao SG do PS. Essa carta nunca teve resposta...ou melhor, a resposta que teve foi a viabilização do Orçamento pelo deputado do queijo limiano. Para bom entendedor, percebeu-se a resposta. Mas o PS nunca a assumiu. Simplesmente nunca respondeu.
4 – Após a renúncia do PS a viabilizar qualquer novo governo, o PCP (e os restantes partidos) prepararam-se para eleições antecipadas. Uma das primeiras declarações públicas do novo SG do PS, o Ferro Rodrigues, foi dizer que não queria convergências, que o PS ia sózinho, etc., etc.
Estamos outra vez na história do casamento de A com B. Também aqui neste caso o correcto é dizer-se que A não quer casar com B.
5 – A preparação de uma campanha eleitoral é comparável à preparação para uma guerra ou para um campeonato. Um comandante competente tem que influir ânimo nas suas tropas, tem que convencê-las que a vitória ou que a resistência são possíveis. Se um comandante na véspera da batalha disser “Vamos lá rapaziada, nós estamos muito mais fracos do que estávamos, eles estão muito mais fortes do que pensávamos”, arrisca-se a que o grosso do pessoal deserte e que esteja muito mais fraco do que estava antes...e o superior do comandante o mínimo que fará é levá-lo a um conselho de guerra...
6 - No XVI Congresso o PCP já analisou o 1º governo do Guterres (até 2000). No XVII Congresso há-de analisar de 2000 a 2004. Todos nos lembramos dos últimos Congressos do PS: o último foi o da entronização do Ferro, o penúltimo foi da aprovação por aclamação do Guterres e das suas políticas (o Carrilho e a Roseta foram na altura os únicos críticos que compareceram. O Alegre nem ao congresso foi...). Sobre as Convenções do Bloco, nunca ninguém sabe bem o que lá se passa, penso que nem eles próprios. Veja só um dos episódios da última Convenção: tinham aprovado nos estatutos a paridade homens-mulheres na direcção. Acabaram por eleger uma direcção onde há mais homens que mulheres...). Será por isso que a sua direcção não consta no seu site? Quanto ao MRC e à convergência, mas a CGTP não apela também à convergência e à unidade na acção? E quando angariar as assinaturas e se transformar em partido não vai fazer o que todos os partidos fazem, isto é tentar conquistar o seu espaço próprio?
7 - Haver agora eleições antecipadas é uma hipótese tão válida (constitucionalmente) como não haver. Mas seria uma oportunidade para derrotar nas urnas a direita e arranjar um novo governo capaz de rectificar aspectos mais gravosos da governação PSD/PP e mudar o rumo da governação para ser agora a favor dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, dos mais desfavorecidos...é que governos para governarem a favor do sector financeiro, das transnacionais, dos grandes grupos económicos temos tido demais.
Ou nunca está na hora do governo da direita ir embora?
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