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Subject: A Jornalista em Questão


Author:
Jorge Nascimento Fernandes
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Date Posted: 10:18:52 06/25/04 Fri
In reply to: Fernando Antunes 's message, "Re: Ao menos desta vez..." on 22:45:20 06/24/04 Thu


Para que não me tomem por parvo, eis o texto em questão do Eduardo Prado Coelho. O Prado Coelho afirma, pondo na pena de Diana Andringa, que as expressões em questão não são depreciativas, mas depois todo o seu texto é relativo à prosa da jornalista do DN e igualmente às conotações negativas daquelas expressões. Ora, se a Diana Adringa considerasse aquelas expressões como não depreciativas, nem tinha protestado, nem o Prado Coelho tinha elaborado o seu texto.
Portanto, o burro é Sr. Fernando Antunes que quer comer os outros por parvos


A Jornalista em Questão
Por EDUARDO PRADO COELHO
Quarta-feira, 23 de Junho de 2004

O novo provedor dos leitores do "Diário de Notícias", José Carlos Abrantes, teve o notável arrojo de escolher um caso paradigmático de uma jornalista do seu jornal, Inês David Bastos, para relembrar um certo número de princípios fundamentais de ética jornalística, como aliás está nas suas atribuições. O caso partiu de uma carta de uma outra jornalista que se candidatou pelo Bloco de Esquerda às recentes eleições, Diana Andringa, e que refere um certo número de expressões utilizadas na cobertura da noite da vitória de Miguel Portas e relativamente à campanha eleitoral de Violante Saramago. Para Diana Andringa, expressões como "sair da toca" (relativa a Miguel Portas e à sua relação com os jornalistas na noite eleitoral), "cantar vitória" e "trampolim" (aludindo àos possíveis entendimentos futuros entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista) não serão expressões depreciativas.

A resposta de Inês David Bastos chega a ser tocante na sua comovedora ingenuidade. Em primeiro lugar, ele acha que uma campanha eleitoral leva os jornalistas a fazer reportagens subjectivas, quando é mais do que óbvio, para quem se der ao trabalho de raciocinar um minuto, que a cobertura de uma campanha eleitoral deve ser um trabalho meticuloso de isenção, no qual a separação entre a descrição dos factos e a formulação das opiniões deve ser cuidadosamente respeitada. Doutro modo, está-se a influenciar os cidadãos, em nome de uma coisa que, no contexto, é absolutamente absurda: "O direito de os jornalistas exercerem o seu espírito crítico e de análise", que é, segundo Inês David Bastos, "apanágio da profissão".

É verdade que eu já li na cobertura de uma campanha eleitoral um jornalista que respondia ponto por ponto aos argumentos do discurso do candidato, mas sempre pensei que ele tinha mais vocação para se candidatar à política do que para escrever nos jornais. Um jornalismo correcto é feito de diversos pactos com os leitores: se tem de ser livre e crítico na análise de um espectáculo, não o pode ser na dissecação de um discurso político, como se o jornalista ocupasse o lugar de Deus e estivesse definitivamente acima dos partidos. Donde, a ideia de que nas campanhas eleitorais se deve utilizar "uma linguagem mais solta, mais próxima dos leitores, menos rígida" é um puro disparate.

Em segundo lugar, Inês David Bastos vai ao dicionário e vê a acepção das palavras, esquecendo-se de que há uma coisa que se chama "conotações". Ela tem a santa ingenuidade de pensar que fala uma linguagem sem conotações. A sequência de expressões que Diana Andringa lhe censura tem toda uma conotação de "ambição pelo poder" claramente depreciativa. É claro que a Inês pode ter uma concepção do mundo em que o poder é sempre mau (ainda há espíritos primitivos que pensam assim), mas não pode impô-la quando escreve num jornal.

Um jornal não é exactamente um "blogue". Quando José Carlos Abrantes pergunta "o que é o espírito crítico dos jornalistas?", como é que se distinguem os trabalhos jornalísticos de qualidade e qual o peso dos editores na construção diária da informação, está a colocar algumas questões essenciais, que a carta-resposta de Inês David Bastos mostra que são urgentes.

Professor universitário

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Subject Author Date
Re: A s perguntas que lhe fizFernando Antunes21:46:10 06/25/04 Fri


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