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Subject: Re: "É necessário chamar os bois (os beatos) pelos nomes"


Author:
Guilherme Statter
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Date Posted: 22:16:46 02/14/04 Sat
In reply to: Teresa Pereira da Fonseca 's message, "Re: "É necessário chamar os bois (os beatos) pelos nomes"" on 11:38:36 02/14/04 Sat

Não sei se "isto" ajuda, mas aqui vai uma avaliação feita das "apresentações" disponíveis no sitio do "Compromisso Portugal".
Tema 1 – Um Novo Modelo Económico para o Desenvolvimento Económico
António Borges – Platitudes e banalidades. Dada a reputação do senhor em causa, esperava MUITO mais. Ou então o sr. em causa disse o que tinha dizer, sem documentar no tal sítio www.
António Carrapatoso – Alguma substância mas ambiguidade entre Estado "Forte" e Estado "Leve". Quanto a alterar um paradigma, não explica como é que isso se consegue numa sociedade humana... Notas interessantes sobre o velho e o novo "paradigma". Fala em "Incentivo ao trabalho" e refere a questão do ensino secundário (adequado às necessidades do País).
Horta Osório – Apresentação bem estruturada, mas não indica explicitamente a causa do nosso atraso: A EDUCAÇÂO científica (ou falta dela...), diria eu. É aqui de assinalar uma contradição FUNDAMENTAL básica. Quando Portugal estava entre os mais ricos, o Estado (mais concretamente o REI D.João II) é que mandava e mandava mesmo. O paradigma neo-liberal, herdeiro do liberalismo holandês e inglês, propõe como solução para os nossos males, exactamente o contrário... Se não fosse trágico era para rir.
Amtónio Vianna Baptista – Mais platitudes e banalidades.... Competitividade fiscal ??? Será menos impostos para as coitadinhas das empresas?... Mercados próximos?!?... Numa idade de globalização em que eu compro nos "hiper" cá do burgo, sumos de fruta embalados na África do Sul???
Luís Cabral – Um economista a falar de coisas de cultura deveria talvez perguntar a um antropólogo como é isso de “quebrar uma tradição cultural”?... Observações interessantes relativamente às empresas cumpridoras e à evasão fiscal. Não se percebe bem se propõe (ou não) o Estado como fornecedor de Educação, Saúde, Habitação (?) e Segurança Social.
Tema 2 – O Estado e a sua Relação com o Cidadão e as Instituições
António Mexia – Bem conseguida e estruturada apresentação de ideias, com uma clara defesa do reforço do papel do Estado REGULADOR e fiscalizador da vida pública.
Para os críticos de “esquerda folclórica”, até defende a redução da carga fiscal sobre o trabalho...
Entretanto, constata o “fim-de-um-ciclo”, mas não o explica. Sugestões com alguma substância.
Fernando Adão da Fonseca – Caracteriza a figura do empresariado (português?) através de elementos obtidos com estudos norte-americanos sobre a realidade americana??? Algum voluntarismo (gostaria muito que tivéssemos ESTADISTAS...) Parece ignorar o que é mesmo o “Estado”. Extremamente abrangente: as garantias (do Estado) devem ser para TODOS os cidadãos. Com enfase no TODOS...
Fernando Branco – Título “Regulação, Mercados e Incentivos - Tema: A Mão Invisível e o papel do Estado...
Um exemplo paradigmático de como pode ser profundamente errado aplicar à gestão da coisa pública os raciocínios da linha principal em “teoria económica”. Mas tem pelo menos o mérito de tentar e de reconhecer que "não é fácil pensar na privatização da Justiça".
Jorge Braga de Macedo – Um hino à confusão. Ou, o que é que “isto” tem a ver com o tema da convenção? Isto, quando um doutor em economia se mete a debitar sobre “Estado e a sua Relação com o Cidadão e as Instituições” era bom deixar os diplomas à porta. Qualquer cidadão interessado tem a mesmíssima credibilidade científica.
Sofia Galvão – Título: "Administração Pública – Um Desafio Cultural". Apresentação interessante. Fiquei com vontade de relatar a esta senhora a minha experiência de cidadão com a Camara Municipal de Sintra...
Tema 3 - As Responsabilidades das Empresas, dos Empresários e Gestores
Filipe Botton – O tema era “As Responsabilidades das Empresas, dos Empresários e Gestores” Além de uma lista de algumas das melhores 1000 PME’s, uma citação de um sr. Edmund Burke. É caso para perguntar: E depois?
Jorge Armindo: Estratégia e Dimensão das Empresas. Apresentação com algum conteúdo interessante, para além das banalidades sobre o que é Estratégia. Quanto à cooperação, só fala da cooperação entre empresas. Parece que os trabalhadores são uma massa inerte (os recursos humanos, como agora se diz...) que está lá no pano de fundo à espera de ser aproveitada. Não desenvolvida a contradição entre o individualismo radical defendido pelo neoliberalismo que continua a nos dominar e o comportamento de cooperação que defende como necessário.
Tema 4 - A Concretização das Reformas
Alexandre Relvas – “Reforçar a coesão nacional” está muito bem, mas isso implica reduzir o coeficiente de Gini. O que implica “aumentar o peso das despesas públicas” (maior investimento em educação, segurança social – redistribuição de riqueza... Em todo o caso, uma apresentação bem conseguida e estruturada. Só não se percebe o que é isso de “reforçar a competitividade do sistema fiscal”.
Se é no contexto de trazer mais investimento para Portugal através da redução dos impostos, então estamos mal. Se é através do combate à evasão fiscal, economia paralela e mordomias e falências fraudulentas... então estamos bem.
Também não é muito claro de “onde vem” e para “onde vai” a poupança a que se refere no fim...
É que nada disso é linear.
Fernando Ulrich – Estatísticas... E GRANDES pontos de interrogação. Não deve ser economista...
Jorge Bleck – "Reinventar o sistema Político e o Sistema de Justiça" – Uma das melhores apresentações e com ideias a explorar. Algumas discutíveis, mas com “pernas para andar”.
Luís Valadares Tavares – Também uma boa apresentação de diagnóstico. Incidência sobre o calcanhar de Aquiles disto tudo. a falta de educação (científica, digo eu...) dos Portugueses.
Acrescento que o mal vem de longe (pelo menos desde 1952) e está-se a agravar.
Noutro apende direi mais coisas.
Cordiais saudações.
Guilherme Statter

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Re:Ser Menos Primário e Mais ObjectivoLuis Blanch11:04:43 02/16/04 Mon


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