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Date Posted: 12:15:22 10/31/04 Sun
Author: Cláudia Natividade
Subject: resumo 11

Gumperz, J.J. Convenções em contextualização

Convenções de contextualização são as pistas de natureza sociolingüística que utilizamos para sinalizar as nossas intenções comunicativas ou para inferir as intenções conversacionais do interlocutor. São pistas lingüísticas (alternância de código, de dialeto ou de estilo); pista paralinguísticas (o valor da pausa, o tempo da fala, as hestações) e/ ou pistas prosódicas (a entonação, o acento, o tom), construídas de vários (sub) sistemas de sinais culturalmente estabelecidos. Também há pistas não-vocais tais como o direcionamento do olhar, o distanciamento entre os interlocutores, suas posturas e gestos, etc. Gumperz trata do processo de inferência conversacional em vários níveis a)- implicaturas conversacionais e processos inferenciais b)- força ilocucionária e contexto c)- seqüência conversacional e d)- pressuposições e processo inferencial.

Numa conversação os interlocutores se baseiam em conhecimentos e estereótipos relativos às diferentes maneiras de falar. Estes fenômenos sociolingüísticos se baseiam em evidências empíricas de cooperação social e não depende da identificação à priori de categorias sociais. No entanto, Gumperz parte do pressuposto que uma elocução pode ser compreendida de várias maneiras e que as pessoas decidem interpretar uma determinada elocução com base em suas definições do que está acontecendo no momento da interação. As pessoas definem a interação em termos de enquadre ou esquema identificável, conceito este derivado de esquema como um princípio organizador na interpretação de eventos (padrões ativos de desenvolvimento)

Pistas de contextualização:
A interpretação se realiza por implicaturas baseadas em expectativas e co-ocorrência entre conteúdo e estilo de superfície. Tais pistas interpretativas devem ser estudadas em relação ao processo e ao contexto e não de forma abstrata. Gumperz cita Fillmore (1976) observando que “uma grande parte da linguagem natural é formulaica, automática e ensaiada ao invés de proposital, criativa ou de geração espontânea”. Essas expressões formulaicas refletem estratégias conversacionais indiretas que favorecem as condições para se estabelecer contato pessoal e negociar interpretações compartilhadas. Gumperz verifica que diferenças interpretativas são influenciadas por variáveis do tipo gênero e origem étnica.

As bases perceptuais das pistas de contextualização:
Além das expressões formulaicas, fenômenos de alternância de código e sinais prosódicos existem outros sinais rítmicos e fonéticos não tão prontamente identificáveis que entram no processo de contextualização. O ato de falar, os olhos, os membros e o torso, emitem sinais que transmitem informações.

Conclusões:
Problemas de comunicação causados por convenções de contextualização refletem fenômenos que são tipicamente sociolingüísticos no sentido de que seu peso interpretativo é muito maior do que seu significado lingüístico. Sempre que tais convenções de contextualização ocorrem, tem o efeito de mudar retrospectivamente o caráter do que ocorreu anteriormente e remodelar todo o curso de uma interação.

Tannen, D. e Wallt, C. Enquadres interativos e esquemas de conhecimento em interação: exemplos de um exame/consulta médica.

Enquadre, esquema e termos afins podem ser entendidos como “estruturas de expectativas”. O termo footing como uma mudança de alinhamento que assumimos para nós mesmos e para os outros presentes, expressa na forma em que conduzimos a produção ou a recepção de uma elocução. Discrepâncias em esquemas de conhecimentos (expectativas dos participantes acerca das pessoas, objetos, eventos e cenários do mundo) podem dar origem a mudanças de enquadre que exercem uma pressão considerável na interação. Neste sentido é importante a análise de contexto, pois os participantes não são emissores e receptores isolados de mensagens. As pessoas usam múltiplas estruturas para dar sentido a eventos, mesmo enquanto ainda estão construindo tais eventos.

Identificamos o enquadre em interação pela associação de pistas lingüísticas e parlinguísticas – a maneira como as palavras são ditas – e não apenas o que as palavras significam. Um elemento chave no enquadramento é o uso de registros (variação condicionada de uso) lingüisticamente identificáveis. Numa interação podem haver enquadres simultâneos e conflitantes. Os esquemas de conhecimentos são responsáveis por interrupções no enquadre e influenciam na interação.

Conclusão: enquadres e esquemas operam de maneira semelhante em todas as interações face a face, embora enquadre e esquemas específicos irão necessariamente variar em diferentes cenários.

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