Resumo semana 12 -- linguistica

[ Show ]

Support VoyForums

[ Shrink ]

VoyForums Announcement: Programming and providing support for this service has been a labor of love since 1997. We are one of the few services online who values our users' privacy, and have never sold your information. We have even fought hard to defend your privacy in legal cases; however, we've done it with almost no financial support -- paying out of pocket to continue providing the service. Due to the issues imposed on us by advertisers, we also stopped hosting most ads on the forums many years ago. We hope you appreciate our efforts.

Show your support by donating any amount. (Note: We are still technically a for-profit company, so your contribution is not tax-deductible.) PayPal Acct: Feedback:

Donate to VoyForums (PayPal):

[ Login ] [ Contact Forum Admin ] [ Main index ] [ Post a new message ] [ Search | Check update time | Archives: 1, 2, 3, 4 ]

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]

Date Posted: 17:25:12 05/16/05 Mon
Author: Grace Teles
Subject: Resumo semana 12

RESUMO SEMANA 12
Aluna: Grace Teles
Professora: Vera Menezes
Curso: Ling��stica Aplicada/1� semestre de 2005

Lantolf (2000) faz uma introdu��o detalhada da teoria sociocultural e suas influ�ncias para o ensino/aprendizagem de segundas l�nguas. As id�ias principais, apresentadas por Lantolf, s�o advindas do precursor da teoria sociocultural, Lev Semyonovich Vygotsky e seus seguidores Luria e Wertsch. O primeiro conceito, que o autor exp�e, � a id�ia de que a mente humana � mediada. Isto quer dizer que atrav�s de intera��es com os outros (interpessoal) e com n�s mesmos (intrapessoal) desenvolvemos nossa capacidade de compreens�o da realidade cultural que nos cerca. Esse processo se d�, portanto, por interm�dio da linguagem. A l�ngua, na perspectiva sociocultural, � considerada um artefato simb�lico que usamos para mediar nossas rela��es.

Vygotsky, segungo Lantolf, prop�e os dom�nios gen�ticos para compreendermos os processos e fun��es mentais. S�o eles: o dom�nio da filog�nese, que se preocupa com o estudo da evolu��o das esp�cies; o dom�nio sociocultural, que se ocupa do estudo dos diferentes tipos de ferramentas simb�licas desenvolvidas nas diversas culturas; da ontog�nese, que procura entender as v�rias transforma��es pelas quais os seres humanos adquiriram uma l�ngua durante sua matura��o como ser social; e o dom�nio da microg�nese, que volta seu interesse para o desenvolvimento e reorganiza��o da l�ngua como um meio de media��o por um espa�o de tempo. A unidade de an�lise s�o, basicamente, o pensamento e a fala que apresentam uma inter-rela��o dial�tica. Das id�ias de Vygotsky, surgiu o que Lantolf chama de teoria da atividade. Essa teoria, sumariamente, revela que as a��es (atividades realizadas) humanas s�o guiadas por necessidades biol�gicas ou culturais. Tais necessidades se transformam em motivos que geram as a��es. Outros termos explanados, pelo autor, s�o o conceito de internaliza��o, o processo pelo qual a media��o � realizada; o conceito de fala interior, voz interior que comanda nossas a��es, e o conceito de zona de desenvolvimento proximal, capacidade do ser humano em realizar uma atividade por si s� ou por meio do apoio de outros seres humanos ou artefatos culturais.

Otha (2000), firma-se nos fundamentos da teoria sociocultural para conduzir uma pesquisa que revela como o desenvolvimento de uma segunda l�ngua ocorre em um processo colaborativo. Para isso, observa e transcreve conversa��es realizadas entre dois aprendizes de L2 quando realizam uma tarefa de tradu��o. O objetivo principal da pesquisa de Otha � descrever os n�veis de internaliza��o dos aprendizes em situa��es de colabora��o. Seus principais resultados revelam que o trabalho em grupo (ou em pares) e sensibilidade m�tua dos interlocutores � essencial no desempenho que adv�m do aux�lio do outro.

Pavlenko e Lantolf (2000) definem a aprendizagem de uma segunda l�ngua como uma luta dos seres humanos, seres constitu�dos socialmente e situados em um tempo e espa�o espec�fico, para participarem de uma outra cultura mediada simbolicamente por interm�dio da L2. Apresentam tamb�m as met�foras aquisi��o e participa��o. A primeira refere-se ao ac�mulo de conhecimento de itens ling��sticos enquanto a segunda, met�fora da participa��o, v� a aprendizagem como a busca do ser humano para inserir-se como membro de uma comunidade. Pavlenko e Lantolf utilizam narrativas para conduzirem o estudo sobre a reconstru��o dos �selves� dos aprendizes. O resultado mais not�vel da pesquisa dos autores � que as narrativas analisadas revelam que participa��o n�o � simplesmente �fazer parte de um ambiente cultural�, mas vai al�m pois, trata-se de um esfor�o dos aprendizes para reconstru�rem seus �selves�.

Mitchel e Miles (2004) postulam que a aprendizagem �, essencialmente, um processo social e n�o individual como prega o inatismo. Para eles, a intera��o � aprendizagem per si. A l�ngua � uma ferramenta para a realiza��o do pensamento ou uma forma de media��o das atividades mentais. De acordo com Vygotsky, os autores, explicam que o ser humano caminha em dire��o ao funcionamento intraps�quico aut�nomo, que denominam de auto-regula��o. Mas anterior � auto-regula��o o ser humano, na inf�ncia, passa pela regula��o de outros. Isto �, quando crian�a o ser humano precisa do outro para construir seu conhecimento de mundo. Essa necessidade � suprida pela oferta de andaimes que elevam a crian�a a patamares diferentes em sua busca pela aprendizagem. Da� a id�ia de zona de desenvolvimento proximal, definido anteriormente. Mitchel e Miles ressaltam, ainda, que a aprendizagem quando vista pelo prisma cient�fico da abordagem sociocultural � local, individual e de curto prazo. Isso significa que para maior compreens�o dessa abordagem e suas implica��es para a aprendizagem, in�meros estudos devem realizados.

[ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ]