Author:
Jerónimo de Sousa
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Date Posted: 4/05/05 12:21:52
In reply to:
Jerónimo de Sousa
's message, "“quem o fez que o desmanche”" on 4/05/05 11:43:51
Apresentação pública dos cabeças de lista da CDU aos
órgãos municipais do concelho de Aveiro
Intervenção de Jerónimo de Sousa
3 de Maio de 2005
(...)
Certamente acompanharam a evolução das negociações que, por iniciativa e insistência do PCP, decorreram com o PS com vista ao estudo da possibilidade de reedição de uma coligação em Lisboa para o próximo mandato autárquico.
Uma coligação aberta, como nas experiências passadas, também à participação de outras forças políticas que manifestem interesse e disponibilidade para a integrar.
Permitam-me, duas palavras ainda sobre esta matéria, porque depois do muito que se tem dito, o Bloco de Esquerda, que nas últimas eleições claramente combateu esta nossa coligação em Lisboa, dando com a sua candidatura autónoma a vitória à direita na Câmara, veio à praça pública chorar lágrimas de crocodilo pelo fim das negociações e responsabilizando-nos pelo seu fracasso.
Mais uma vez gostaríamos de clarificar o seguinte: o desfecho verificado resulta da carta-resposta do PS em que após duas reuniões voltou à primeira forma com exigências hegemónicas e de comando, deixando cair a questão da necessidade de corrigir as malfeitorias feitas pela direita neste mandato.
Não sabemos porque carga de água ou encomenda veio Francisco Louçã acusar o PCP de ser responsável pelo não acordo, segundo ele porque nós só nos preocupámos com a distribuição de lugares, teríamos exigido a paridade e não reconhecíamos a força eleitoral do BE.
O responsável do BE já nos habituou que quando não sabe, explica. Desta vez explicou mal e de forma pouco séria.
Primeiro, nos encontros havidos, abordaram-se e discutiram-se critérios, parâmetros, princípios programáticos e compromissos de correcção de algumas malfeitorias feitas pelo actual executivo camarário, algumas das quais abençoadas pelo PS. Para apanhar a contradição do doutor Louçã, como é que nós defendemos a paridade se, por exemplo, como base de partida nunca esteve em causa que a Presidência da Câmara seria para o PS?
Segundo, que paridade, se nós nos encontros havidos sempre considerámos a possibilidade da inclusão do BE na coligação?
Terceiro, como podem o PS e o BE tentar aplicar à régua e esquadro o resultado das legislativas para as eleições autárquicas? Se o PS e o BE acreditam mesmo nisso, então o PS sozinho praticamente alcança a maioria absoluta e com o BE maioria absolutíssima!
Porquê então esta birra do BE em relação ao PCP que reconhecendo o legítimo direito do PS querer o comando e hegemonia na Câmara, na Assembleia Municipal e nas freguesias, não abdica da sua legitimidade de não ser força instrumental e de suporte do PS para que este ganhe autarquias?
Por muito que o doutor Louça fale e explique é um facto que nada pode apagar e sua responsabilidade e o contributo do Bloco para a derrota da candidatura da esquerda na Câmara de Lisboa. O resto é conversa para confundir.
(...)
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