Subject: Quando o soldado Vermelho levantou a Foide e o Martelo no Reichtag! |
Author:
Paulo Fidalgo
|
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
Date Posted: 6/05/05 17:49:10
Quando o Soldado Vermelho levantou a Foice e o Martelo no Reichstag!
Paulo Fidalgo
(in www.comunistas.info)
António Vilarigues (AV) recorda no Público a “grande guerra pátria”. Sem dúvida uma gesta heróica. Mas com tanto de grandioso como de contraditório.
As interrogações suscitam respostas, novas eventualmente.
Não diminuem a gesta. E menos autorizam equidistâncias com o fascismo.
Que juízo fazer da táctica de Estaline? Teve uma conduta internacionalista? E o que dizer das suas opções militares? E das alianças? E o pacto Ribentrop/Molotov? E as purgas no partido e no Exército Vermelho?
A verdade é que o resvalar da grande revolução para um modelo estato-cêntrico e o deslize nacionalista nos anos 30, tinham enfraquecido o potencial soviético.
As derrotas nos primeiros meses de guerra, que colocaram a besta fascista às portas da praça vermelha, não resultaram tanto da superioridade nazi mas da irresponsável orientação do pcus. O voluntarismo de Estaline levou-o a dar licença de fim-de-semana às tropas na véspera da operação barba rossa, o blitzkrig alemão. Apesar de Ricardo Sorge, o super-espião herói soviético infiltrado na direcção nazi, ter desvendado os planos de Hitler com a antecedência devida, com datas e tudo.
A bravura dos povos da URSS foi extraordinária e constituiu como diz AV, um componente fulcral para a derrota nazi. É porém criticável a condução do estado, da guerra e da orgânica política pela direcção do partido. E explicam-se assim as debilidades demonstradas nos primeiros meses da batalha de Moscovo.
Os povos da URSS, os trabalhadores, portaram-se à altura, como os heróis de Brest. Que ofereceram o sacrifício máximo para permitir a retirada com alguma ordem das tropas vermelhas, logo nos primeiros dias, quando estava à vista o desastre das orientações de Estaline.
A grandeza da gesta soviética é muitas vezes diminuída pela historiografia burguesa. Mas a sua importância para a Europa do futuro e para um mundo que os comunistas querem sem nações, advém da compreensão do que se passou e do como se passou.
Com a sua extraordinária heroicidade, em Smolensk, em Estalinegrado ou em Kursk! Mas igualmente com as contradições, desvios e erros profundos que foram cometidos em nome das forças operárias e da paz. É com esse balanço que o exército vermelho soviético, com a sua entrada libertadora em Berlim, a 8/5/45, no coração da Europa, pode um dia assumir o significado de um elo na edificação do mundo novo.
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
| |