Subject: Re: "Ante a ausência de opiniões próprias (...) os companheiros optam por (...) críticas de estilo" |
Author:
Lusa
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Date Posted: 7/05/05 15:52:06
In reply to:
Manuel Agostinho Magalhães
's message, "Bloco convencional" on 7/05/05 13:23:29
BE/Convenção: Miguel Portas recusa críticas internas de falta de democracia
Lisboa, 07 Mai (Lusa) - O dirigente do Bloco de Esquerda Miguel Portas admitiu hoje a necessidade de "melhorar o trabalho de direcção", mas recusou as críticas internas de falta de democracia no partido.
Numa intervenção para apresentar a moção "O Bloco como alternativa socialista", proposta pela actual direcção, à IV Convenção Nacional do BE, que decorre em Lisboa, Miguel Portas atacou os objectivos da moção alternativa, dizendo não perceber a linha proposta pelos opositores internos.
"Precisamos de melhorar o trabalho de direcção. Mas nada disto se pode fazer olhando para o umbigo. (...) O Bloco tem os mecanismos de democracia que garantem a mudança de direcções e orientações, se essa for a vontade colectiva.
É por isso, no mínimo, estranha a visão do bloco que sugerem os companheiros da segunda moção", afirmou.
"Que há, e cito, os iluminados e os de baixo, os influentes e os que colam cartazes, os deslumbrados com o poder e as bases (...) Esta crítica é vulgar ouvir nos partidos da alternância", criticou.
Miguel Portas chegou a comparar os subscritores da moção alternativa ao ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
"Ante a ausência de opiniões próprias sobre a linha política que temos seguido, os companheiros optam por uma espécie de visão, revista e ampliada, das críticas de estilo. Como aquelas a que tantas vezes recorreu Santana Lopes, sempre que tenta instrumentalizar as bases em proveito próprio", disse, recusando que tal visão se aplique ao BE.
Assumindo que "crescer é a palavra de ordem" na nova fase da vida política do BE, Miguel Portas destacou as diferenças que na sua opinião separam o Bloco do PCP.
"A nossa diferença com o PCP respeita ao valor intrínseco da democracia e do pluralismo (...) O controleirismo, o aparelhismo e a ideia de que os movimentos são correias de transmissão do partido, sufocam os votantes, sectarizam os activistas e limitam a amplitude das mobilizações", disse.
A diferença com o PS, acrescentou, "respeita à coragem para romper com as políticas liberais que liquidam os direitos sociais, transformam a saúde e a educação num negócio e fazem do trabalho uma variável dependente da economia".
SF.
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