Subject: Re: Rosas atacou os proponentes da moção alternativa |
Author:
Lusa
|
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
Date Posted: 7/05/05 17:26:51
In reply to:
Manuel Agostinho Magalhães
's message, "Bloco convencional" on 7/05/05 13:23:29
BE/Convenção: Fazenda defende integração no Partido Esquerda Europeia
Lisboa, 07 Mai (Lusa) - O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) Luís Fazenda defendeu hoje a integração do movimento no Partido da Esquerda Europeia (PEE) como membro de pleno direito, proposta que foi contestada por alguns delegados à IV Convenção Nacional.
"O Partido da Esquerda Europeia não tem rótulos, não é uma Internacional, não é uma prateleira (...) é uma plataforma para a alternativa que tem como coordenadas a saída da NATO, contra a guerra preventiva e o neoliberalismo", afirmou.
Luís Fazenda discursava na IV convenção Nacional bloquista, em defesa da integração do BE como membro de pleno direito no PEE, organização que integra apenas como observador, depois de várias intervenções críticas à proposta da direcção.
"O grande objectivo dos partidos que estão no PEE (Partido da Esquerda Europeia) é ir para os governos neoliberais que estão no poder, como o PC francês, o PC espanhol e a Refundação comunista italiana", afirmou Raquel Varela.
"Eu não quero ir para um Governo PS nem aqui nem na Europa. É uma anedota de mau gosto, que a direcção do BE queira impor neste partido, sem debate, a lógica dos bons que se juntam aos menos maus para derrotar os maus", criticou.
Na sua intervenção, Luís Fazenda frisou que o PEE congrega as várias tendências dos partidos de esquerda da europa e rejeitou "voltar 10 anos atrás, ao tempo em que na Europa não havia uma organização em que todas as esquerdas pudessem convergir".
"Não queremos a social-democracia no PEE, queremos conseguir criar um pólo consistente à esquerda da social-democracia", disse, argumentando que o estatuto de "mero observador não deixa espaço ao BE para a proposta política".
As críticas à falta de participação das bases nas decisões do BE, que já tinham sido feitas de manhã, continuaram no debate da tarde, com Jorge Céu, subscritor da moção alternativa à da direcção, a exigir à futura comissão política do BE uma "reflexão democrática" para "alterar as práticas internas pouco claras e pouco transparentes".
Na resposta, o dirigente João Teixeira Lopes, afirmou que "uma conferência de organização" pode ser feita e "será muito positiva".
A estratégia para as autárquicas foi também motivo de divergência entre a actual direcção e os críticos, que sustentaram que o BE não deve ir coligado com o PS em qualquer situação.
João Teixeira Lopes defendeu a proposta da direcção, que sustenta que a matéria das coligações deve ser analisada caso a caso.
"As alianças em matéria autárquica não deve ser um dogma.
Depende de casos concretos, onde for necessário derrotar a direita", disse.
O dirigente Fernando Rosas interveio para rejeitar as críticas à falta de democracia interna, e atacou os proponentes da moção alternativa por apresentarem uma lista para a mesa nacional bloquista sem terem "uma orientação política alternativa".
Fernando Rosas rejeitou igualmente que o BE possa vir a ser um "outro PRD", como tinha sugerido José Aleixo, afirmando que "o PRD era um disparate, o Bloco é "uma organização socialista popular".
SF.
Lusa/Fim
[
Next Thread |
Previous Thread |
Next Message |
Previous Message
]
| |