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Subject: Estatisticamente falando


Author:
SÉRGIO DE ANDRADE
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Date Posted: 5/07/05 10:22:59
In reply to: Leandro Martins 's message, "Opiniões" on 2/07/05 14:22:22

Estatisticamente falando


por SÉRGIO DE ANDRADE, JORNALISTA, JN, 05/07/05

Há uma série de instituições cuja principal tarefa parece ser a de fornecerem estatísticas ao Mundo. Pessoalmente, entendo que não se lhes deve dar grande importância por um lado, as estatísticas são enganosas (só alguns eleitos conseguem lê-las de forma correcta); e, por outro, não têm qualquer resultado prático.

Primeira objecção quando as estatísticas dizem que cada português tem o seu telemóvel e eu sou atendido por um senhor que, sobre a secretária, dispostos a par, tem três telemóveis, penso: "Meu caro, por sua culpa, lá ficaram dois portugueses sem telemóvel". Segunda objecção: informados de que parte substancial da população da Terra sobrevive com um dólar diário, os responsáveis tomam conhecimento, mandam arquivar - e nenhum faz um esforço para que apareça, pelo menos, o segundo dólar.

Assim, não deveremos desanimar ao aprendermos que um estudo levado a cabo em 17 países europeus demonstrou que os portugueses são os mais irritados. Ou seja, que andam com os nervos em franja. Prontos a disparatar à primeira. Mortinhos por atirar cá para fora.

Sucede que as estatísticas apontam os efeitos mas menosprezam as causas. No caso da endémica irritação nacional, pus-me a pensar e para isso socorri-me de alguns títulos publicados no JN, nos últimos tempos. Aí vão, sem nada tirar ou acrescentar "Portugal entre os mais pobres da Europa", "Reformas portuguesas são das mais curtas", "Portugal tem das casas mais caras da União Europeia", "Número de pobres ascende aos dois milhões em Portugal", "Salário líquido nacional na cauda da Europa a quinze", "Portugueses trabalham 135 dias para pagar impostos" (sabia que só a partir de 15 de Maio é que começa a trabalhar apenas para si?...). E creio que já chega.

Agradeço ao JN o seu contributo para a melhor compreensão de um fenómeno - o recorde na irritação europeia - estudado por uma estatística que, como é da praxe, deverá ser rapidamente arquivada e mais depressa esquecida.

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Subject Author Date
Já agoraVisitante picuinhas 5/07/05 12:27:01


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