Subject: O Que Faz Falta... |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 27/10/05 22:40:37
In reply to:
paulo fidalgo
's message, "o que faz falta?" on 27/10/05 17:08:44
Perante e no seguimento da implosão do campo socialista e, sobretudo, da queda do sistema sovi
ético ,é inegável que se devem abrir outras portas às forças populares.
Por outro lado, a transformação da social democracia num veículo do neoliberalismo tem vindo a minar aquilo que é um ponto de referencia para as classes trabalhadoras. A emergência de ex comunistas e socialistas nas fileiras neoliberais reforça o argumento de autoridade segundo o qual não há alternativas ao sistema do "turbo capitalismo".
Este dramático deslizar, em muitos países , das fileiras comunistas e socialistas para o campo do capitalismo neoliberal requere,pois , um novo discuso ideológico que não "invente" utopias ou delegue intenções revolucionárias a reformistas sectoriais(ecologistas,feministas,etc.) mas proceda a um regresso analitico às contradições básicas do capitalismo , elemento natural para cimentar a base de uma sociedade colectivista democrática e alternativa.
Se numa retrospectiva histórica ,desde a perspectiva do ano 2005 ,resulta fácil verificar que o Estado de Bem Estar não é uma etapa avançada do capitalismo ,mas uma condição temporal marcada pela luta de classes e o espectro do comunismo,então abre-se um caminho.
No ano 2005 é fácil verificar que este capitaliso de bem estar está a reverter-se , a regredir ,abolindo as reformas sociais devido ao desaparecimento do espectro do comunismo .Toda esta regressão nas condições sociais e de trabalho ,que agora verificamos, reverte o sistema capitalista ,a passos largos, para as condições pré comunistas do século XIX...
capitalismo discurso ideológico>faz falta coordenação mundial, isso é uma evidência...
>
>mas faz falta descortinar por onde furar em termos de
>programa estrutural de alternativa, sobretudo no
>centro capitalista desenvolvido...
>
>Se lermos os clássicos mais recentes, do século XX,
>Lukacs por exemplo, ainda sublinhavam que o centro do
>embate revolucionário seria a grande empresa
>capitalista, onde a luta de classes levada ao rubro,
>daria em expropriação dos capitalistas e passagem do
>controlo das empresas para as mãos dos trabalhadores.
>
>É verdade que a grande empresa pode constituir-se na
>arena do confronto.
>
>Mas o confronto conduz exactamente a quê?
>
>Os operários da volkswagen ocupam a empresa e
>reorientama a sua direcção e controlo para o lado dos
>trabalhadores? Ou defendem uma imediata assunção pelo
>Estado governado por um governo de esquerda da posse e
>direcção da empresa? É de controlo pelos operários
>livremente associados ou pelo Estado?
>
>Isto para não ligar o complicómetro que revela que o
>controlo accionista da volskwagen é pertença dos
>sindicatos alemães e dos seus fundos de pensões.
>
>O que é preciso é imaginar exactamente em que sentido
>se deve orientar então a luta de classes. Que de facto
>não morreu e está cada vez mais viva...
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