Subject: Pior é impossível |
Author:
Lusa
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Date Posted: 3/09/05 22:24:02
In reply to:
João Luís
's message, "O Santana Lopes também não era temível........" on 1/09/05 15:07:03
Presidenciais: Louçã admite que candidatura será a mais difícil da sua vida
Porto, 03 Set (Lusa) - Francisco Louçã assumiu hoje que a sua candidatura à Presidência da República será "a campanha mais difícil" da sua vida, mas garantiu que ela será para ir "até ao fim".
"Não conheço a palavra desistência", disse, na sua primeira intervenção pública depois de o BE ter formalmente aprovado o apoio à sua candidatura, no encerramento da conferência nacional deste partido, que decorreu no Porto.
E deixou mesmo claro que é importante ir até às urnas "para saber que força tem cada candidato".
Vários analistas têm sublinhado que os avanços dos líderes do BE e do PCP visam a promoção de uma espécie de "reprise" das eleições legislativas, mostrando qual dos dois vale mais eleitoralmente.
A reunião serviu para mostrar que o BE, normalmente unido em termos públicos em torno das suas decisões, começa a assumir para o exterior as suas divergências, nomeadamente pela voz de Helena Carmo, que defendeu que o candidato do partido deveria ter saído da área social.
"Quando ouvi Louçã dizer que o BE não era como os outros partidos, fiquei na expectativa que se encontrasse um candidato no campo social. Mas afinal a realidade não tem campo social e o máximo que o BE conseguiu foi imitar a estratégia do PCP", disse a militante, que recebeu aplausos de vários dos bloquistas que enchiam por completo o auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto.
Esta divisão no interior do próprio Bloco ficou patente quando Francisco Louçã foi chamado ao palco para a sua intervenção e vários militantes ficaram sentados sem bater palmas, quando a maioria se levantou aplaudindo o líder do partido e agora seu candidato.
Sem acusar directamente o toque desta posição, que saiu derrotada na mesa da direcção nacional do Bloco onde o nome de Louçã foi votado, o candidato retomou quase milimetricamente as preocupações sociais que marcaram a sua campanha para as legislativas de Fevereiro, na defesa dos excluídos do sistema.
Depois de Mário Soares introduzir nesta pré-campanha presidencial a influência literária de Fernando Pessoa, Francisco Louçã foi buscar a sua herança publicitária, nomeadamente o slogan que o escritor elaborou para a Coca-Cola - "primeiro estranha-se, depois entranha-se" - para questionar "que país é este que já não estranha que os reformados gastem as suas pensões nas farmácias".
Louçã assumiu-se como candidato "para que se ouça a voz da imensa oposição à mentira e às políticas do Governo", mas também para derrotar a direita e "a força imensa do capital".
E, apesar de criticar o silêncio público de Cavaco Silva, considerou que o ex-primeiro-ministro tem falado muito por interpostas pessoas.
"Cavaco Silva chama-se Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Isaltino Morais, Avelino Ferreira Torres", disse Francisco Louçã.
Realçando que os seus três principais adversários - Mário Soares, Cavaco Silva e Jerónimo de Sousa - "têm muita experiência, quer porque todos já foram candidatos a Belém, quer porque todos juntos somam 210 anos", Louçã garantiu que não irá abordar o tema da idade.
"Não quero que façam demagogia em torno da minha juventude", explicou.
MSP.
Lusa/Fim
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