Author:
Heduíno Gomes (“Renegado Vilar”)
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Date Posted: 22/07/05 11:30:06
In reply to:
Francisco Louçã, Publico 21/07/2005
's message, "Há "um capitalismo predador e selvático" que "só pode ser substituído por uma sociedade socialista"" on 21/07/05 17:54:44
Tribuna Livre, DN, 22/07/05
PCP (m-l)
Tendo sido referido no artigo de Fernando Madaíl, dia 19, sobre o caso República de 1975, venho fazer dois reparos.
O primeiro diz respeito a ser o PCP (m-l) referido entre “outras correias de transmissão” do PS. Quem terá sido correia de transmissão de quem? Não falo por outros, mas apenas pelo PCP (m-l) e por mim. Que me conste, este partido nunca foi correia de transmissão de ninguém, nem do PS. As nossas relações com o PS sempre foral de apoio, quando se opunha à escalada do PCP, e de critica dura quando conciliava com o PCP. Isto é ser “correia de transmissão”?
Já o que se passou no sentido inverso poderá ser observado com curiosidade. Foi o PS que acabou por aderir grosso modo às teses do PCP (m-l) sobre o PCP e o imperialismo soviético, teses publicadas ainda antes do 25 de Abril e republicadas logo a seguir (convenhamos que estes ajudaram à nossa didáctica).
Mais, que se saiba, o PCP (m-l) nunca editou nem assinou nenhum texto com o dedo de qualquer dirigente ou militante do PS. Ao contrário, em Março de 1975, com quatro quadros do PS, participei na redacção de um texto assinado pelo PS a denunciar o PCP.
Mais, em 1978, o PS esteve envolvido na organização da Conferência de Lisboa sobre a Ameaça Imperialista Russa, uma iniciativa do PCP (m-l) que teve a participação de partidos democráticos e personalidades civis e militares, de Portugal e do estrangeiro. Se é que houve correias de transmissão, quem é que foi correia de transmissão de quem?
O segundo reparo diz respeito à tentativa, do PCP, de aparecer, agora e desde o 25 de Novembro (com a colaboração do jogador Melo Antunes), como o cordeirinho no caso República e em outros casos, mandando as culpas para cima dos seus satélites. As “udêpês” que por aí havia, que executavam o trabalho mais sujo, têm as costas largas para pagar a factura da estratégia do PCP e da União Soviética em Portugal. E o pior, do ponto de vista histórico, é que esta “verdade” da inocência do recentemente santificado Cunhal é aceite por muito boa gente. O título do artigo – Jornal (República) nunca seria de Cunhal – enferma logo, pois, da falta do conceito de hegemonia do movimento. Que interessa o PCP ter ou não ter militantes (declarados!!!) entre os golpistas do jornal, se, no fim da revolução, seriam sempre favas contadas?
Heduíno Gomes (“Renegado Vilar”)
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