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Subject: Aaaaaah! Que soneira! Para te cultivares, recomendo-te o fado da Amália "Há festa na Mouraria"... | |
Author: Visitante |
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Date Posted: 14/02/06 22:37:25 In reply to: outro visitante 's message, "Se morreu, para quê tanto Blá blá.....?!" on 14/02/06 11:59:23 >>O handicap irremediável dos Petrov deste Mundo é que >>se apercebem da realidade política ao ralenti, com um >>considerável atraso, e como, ainda por cima, usam >>poucas variáveis no raciocínio, entretêm-se a mandar >>umas bojardas, polvilhadas aqui e ali por evidências, >>à moda de provas irrefutáveis, incapazes de explicar >>minimamente a realidade complexa que os cerca. >> >>É notório o atraso com que se aperceberam da >>necessidade vital – para a economia americana >>super-endividada e colocada fora do controlo das >>principais reservas estratégicas mundiais (o petróleo >>e o gás), por via de desastrosas políticas >>geo-estratégicas do pai Bush e sucessores – da criação >>de factos políticos espantosos que pudessem justificar >>guerras locais de ocupação para controlo dos países >>produtores ou de outros necessários ao atravessamento >>de condutas. >> >>A inventona do genocídio dos albaneses do Kosovo, >>pretexto para a destituição do regime do Milosevic e >>assim arranjarem caminho livre alternativo para >>gasoductos e outros negócios de reconstrução; a >>demolição das torres gémeas, pela instrumentalização >>de fanáticos muçulmanos (pertencentes a uma suposta >>rede, a Al Qaeda, pequeno grupo terrorista que >>entretanto haviam ajudado a criar e que lhes servira >>no Afeganistão e nos Balcãs) como camuflagem duma >>operação negra interna, para justificação do derrube >>do regime dos talibãs e a resolução do impasse quanto >>à instalação de outros gasoductos, assim como o >>aparecimento de outras oportunidades de negócios de >>reconstrução; a propalada posse de armas de destruição >>massiva pelo regime do Sadam, empobrecido por anos de >>embargo e de múltiplas restrições, para justificar uma >>guerra de agressão e, deste modo, susterem os >>projectos por este anunciados de diversificação da >>moeda de pagamento e das formas da concessão da >>exploração do petróleo – que constituíam, para o >>regime, uma necessidade vital, dado que comprava em >>Euros dos seus fornecedores europeus que furavam o >>embargo e não dispunha dos meios nem dos aliciantes >>suficientes para interessar alguém na renovação das >>antiquadas e degradadas instalações de exploração >>petrolífera, e, ao mesmo tempo, o transformava, para >>os americanos, num risco acrescido de contaminar a >>OPEC e de se tornar num fornecedor privilegiado das >>potências concorrentes Europa, Rússia e China – e de >>arranjarem novos negócios de reconstrução; a >>desestabilização política e as guerras de guerrilhas >>por tudo quanto é antiga fatia do Império Russo com >>interesse estratégico territorial ou energético, para >>desmembrá-lo irremediavelmente, atrasando a >>recuperação da economia russa, e para melhorar a >>influência ou alcançar o controlo das decisões quanto >>às reservas estratégicas energéticas ou territoriais >>daqueles países; e, agora, a propalada ameaça nuclear >>que constituiria o Irão, que nem daqui por dez ou >>vinte anos teria capacidade nuclear energética, quanto >>mais militar, mas que urge conquistar, para tomar o >>controlo total da região e suster definitivamente a >>permanente ameaça sobre o aliado Israel; a que se >>somam as ameaças constantes, que vão subindo de tom, >>contra o populista venezuelano e o seu regime ou a >>previsível criação de pseudo-factos ameaçadores do >>regime comunista norte-coreano, se entretanto a fome e >>a miséria não acelerarem o seu esboroamento, para se >>acercarem do gigante chinês, cada vez mais ameaçador >>economicamente, são apenas alguns factos políticos que >>confirmam que a política americana serve a economia, >>comprovando que fora da casa de cada um a economia não >>é, nem nunca foi em tempo algum, apenas a troca de >>mercadorias, mas política e da grossa, da ameaça e da >>guerra, quando falham outros meios de pressão e de >>controlo. É por isso que ela é designada, na expressão >>corrente, por economia-política. >> >>Ao nível geo-político, as análises não são tão >>espartilhadas, porque já há algum tempo os estrategos >>que restaram do comunismo e que ainda enxameiam os >>centros de estratégia militar russos andam a juntar as >>peças. Devido às suas deformações intrínsecas, os >>estrategos militares, russos ou americanos, resumem >>tudo à conspiração militar para o controlo territorial >>localizado ou planetário, para assim tentarem >>contrariar as acções da potência inimiga; aos russos, >>na defensiva, interessa-lhes sobremaneira ganharem o >>tempo que parece ir escapando para a recuperação da >>sua economia entretanto destroçada (e que se efectiva, >>também, em boa medida, à falta de outras fontes, pelos >>chorudos benefícios provenientes dos negócios da droga >>e do armamento, em que as máfias russas se encontram >>envolvidas a nível local e mundial). Para eles, porém, >>a economia ainda parece ser o adjuvante da política e >>do militarismo, e não o contrário. Por isso, não será >>de estranhar que os russos passem a aparecer como >>intermediários políticos em zonas que nunca estiveram >>sob a sua influência aquando do regime comunista e >>onde não detêm interesses económicos relevantes. É >>provável que os chineses, por enquanto, tenham a >>economia no centro das suas preocupações, mas só o >>tempo o poderá confirmar. >> >>Para compor as coisas e trazer um pouco a economia >>para a ribalta, para as análises não parecerem tão >>grosseiramente deformadas, aparecem uns académicos >>pseudo-eruditos a analisar os aspectos económicos da >>conspiração. No caso, este, mas também outros Petrov, >>alguns mesmo no coração da potência imperialista >>rival, que colocam a ênfase na ameaça, para o dólar e >>para a economia americana em geral, que constituiria a >>diversificação da moeda de pagamento internacional (no >>caso, pela ascensão do euro ao desempenho de parte >>dessa função). >> >>O que não ocorre aos Petrov deste mundo é a quem >>interessaria a transformação da ameaça potencial para >>o dólar em ameaça real – com uma desvalorização >>acentuada da sua cotação e a consequente inflação, >>sendo a economia americana uma das mais endividadas e >>encontrando-se muita da sua moeda entesourada ou >>mantida como reserva em bancos dos países dos credores >>– e a quem interessaria uma acentuada valorização do >>euro face à moeda americana e a outras, por efeito da >>sua maior procura internacional. Aos devedores e >>credores, não seria, certamente, mas tal seria menos >>prejudicial para os americanos, que a poderiam ir >>compensando pelo aumento dos preços, e menos para os >>seus credores, que preferirão uma pressão permanente, >>mas controlada, sobre a moeda americana do que a sua >>súbita desvalorização. Por esta razão, Nixon teve a >>ousadia de abandonar a cobertura da moeda pelas >>reservas de ouro e ninguém ousou refutar ou opor-se >>convincentemente. >> >>A ninguém, no seu perfeito juízo, interessará uma >>desvalorização acentuada do dólar e a perspectiva de >>uma crise geral do sistema. É por isso, em parte, que >>os americanos sentem as costas quentes e tentam >>compensar as suas debilidades económicas e de >>sobre-endividamento, que se traduz num nível de vida >>da sua população acima das suas reais possibilidades e >>acima do nível das populações das potências >>concorrentes, com a conquista de territórios de vital >>importância geo-estratégica. Quem não tem reservas em >>dólares, nem economia florescente, nem capacidade >>militar convincente, por seu lado, restar-lhe-á ir >>jogando com a arma da propaganda! Não é difícil >>adivinhar quem é quem! >> >>Eles já não se reivindicam de Marx, mas por cá ainda >>há muita alma simples que confunde com marxismo o que >>os Petrov vão dizendo. >Eles já não se reivindicam de Marx,( mas eles, >quem????) mas por cá ainda há muita alma que >confunde com marxismo... >-O marxismo não te deixa dormir; é ou não é verdade?! >_ [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
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Agradeço a sugestão, mas gosto mais da garagem da vizinha... | outro visitante | 15/02/06 18:22:22 |