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Subject: Se morreu, para quê tanto Blá blá.....?!


Author:
outro visitante
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Date Posted: 14/02/06 11:59:23
In reply to: Visitante 's message, "Eles já não se reivindicam de Marx, mas por cá ainda há muita alma que confunde com marxismo..." on 13/02/06 22:32:53

>O handicap irremediável dos Petrov deste Mundo é que
>se apercebem da realidade política ao ralenti, com um
>considerável atraso, e como, ainda por cima, usam
>poucas variáveis no raciocínio, entretêm-se a mandar
>umas bojardas, polvilhadas aqui e ali por evidências,
>à moda de provas irrefutáveis, incapazes de explicar
>minimamente a realidade complexa que os cerca.
>
>É notório o atraso com que se aperceberam da
>necessidade vital – para a economia americana
>super-endividada e colocada fora do controlo das
>principais reservas estratégicas mundiais (o petróleo
>e o gás), por via de desastrosas políticas
>geo-estratégicas do pai Bush e sucessores – da criação
>de factos políticos espantosos que pudessem justificar
>guerras locais de ocupação para controlo dos países
>produtores ou de outros necessários ao atravessamento
>de condutas.
>
>A inventona do genocídio dos albaneses do Kosovo,
>pretexto para a destituição do regime do Milosevic e
>assim arranjarem caminho livre alternativo para
>gasoductos e outros negócios de reconstrução; a
>demolição das torres gémeas, pela instrumentalização
>de fanáticos muçulmanos (pertencentes a uma suposta
>rede, a Al Qaeda, pequeno grupo terrorista que
>entretanto haviam ajudado a criar e que lhes servira
>no Afeganistão e nos Balcãs) como camuflagem duma
>operação negra interna, para justificação do derrube
>do regime dos talibãs e a resolução do impasse quanto
>à instalação de outros gasoductos, assim como o
>aparecimento de outras oportunidades de negócios de
>reconstrução; a propalada posse de armas de destruição
>massiva pelo regime do Sadam, empobrecido por anos de
>embargo e de múltiplas restrições, para justificar uma
>guerra de agressão e, deste modo, susterem os
>projectos por este anunciados de diversificação da
>moeda de pagamento e das formas da concessão da
>exploração do petróleo – que constituíam, para o
>regime, uma necessidade vital, dado que comprava em
>Euros dos seus fornecedores europeus que furavam o
>embargo e não dispunha dos meios nem dos aliciantes
>suficientes para interessar alguém na renovação das
>antiquadas e degradadas instalações de exploração
>petrolífera, e, ao mesmo tempo, o transformava, para
>os americanos, num risco acrescido de contaminar a
>OPEC e de se tornar num fornecedor privilegiado das
>potências concorrentes Europa, Rússia e China – e de
>arranjarem novos negócios de reconstrução; a
>desestabilização política e as guerras de guerrilhas
>por tudo quanto é antiga fatia do Império Russo com
>interesse estratégico territorial ou energético, para
>desmembrá-lo irremediavelmente, atrasando a
>recuperação da economia russa, e para melhorar a
>influência ou alcançar o controlo das decisões quanto
>às reservas estratégicas energéticas ou territoriais
>daqueles países; e, agora, a propalada ameaça nuclear
>que constituiria o Irão, que nem daqui por dez ou
>vinte anos teria capacidade nuclear energética, quanto
>mais militar, mas que urge conquistar, para tomar o
>controlo total da região e suster definitivamente a
>permanente ameaça sobre o aliado Israel; a que se
>somam as ameaças constantes, que vão subindo de tom,
>contra o populista venezuelano e o seu regime ou a
>previsível criação de pseudo-factos ameaçadores do
>regime comunista norte-coreano, se entretanto a fome e
>a miséria não acelerarem o seu esboroamento, para se
>acercarem do gigante chinês, cada vez mais ameaçador
>economicamente, são apenas alguns factos políticos que
>confirmam que a política americana serve a economia,
>comprovando que fora da casa de cada um a economia não
>é, nem nunca foi em tempo algum, apenas a troca de
>mercadorias, mas política e da grossa, da ameaça e da
>guerra, quando falham outros meios de pressão e de
>controlo. É por isso que ela é designada, na expressão
>corrente, por economia-política.
>
>Ao nível geo-político, as análises não são tão
>espartilhadas, porque já há algum tempo os estrategos
>que restaram do comunismo e que ainda enxameiam os
>centros de estratégia militar russos andam a juntar as
>peças. Devido às suas deformações intrínsecas, os
>estrategos militares, russos ou americanos, resumem
>tudo à conspiração militar para o controlo territorial
>localizado ou planetário, para assim tentarem
>contrariar as acções da potência inimiga; aos russos,
>na defensiva, interessa-lhes sobremaneira ganharem o
>tempo que parece ir escapando para a recuperação da
>sua economia entretanto destroçada (e que se efectiva,
>também, em boa medida, à falta de outras fontes, pelos
>chorudos benefícios provenientes dos negócios da droga
>e do armamento, em que as máfias russas se encontram
>envolvidas a nível local e mundial). Para eles, porém,
>a economia ainda parece ser o adjuvante da política e
>do militarismo, e não o contrário. Por isso, não será
>de estranhar que os russos passem a aparecer como
>intermediários políticos em zonas que nunca estiveram
>sob a sua influência aquando do regime comunista e
>onde não detêm interesses económicos relevantes. É
>provável que os chineses, por enquanto, tenham a
>economia no centro das suas preocupações, mas só o
>tempo o poderá confirmar.
>
>Para compor as coisas e trazer um pouco a economia
>para a ribalta, para as análises não parecerem tão
>grosseiramente deformadas, aparecem uns académicos
>pseudo-eruditos a analisar os aspectos económicos da
>conspiração. No caso, este, mas também outros Petrov,
>alguns mesmo no coração da potência imperialista
>rival, que colocam a ênfase na ameaça, para o dólar e
>para a economia americana em geral, que constituiria a
>diversificação da moeda de pagamento internacional (no
>caso, pela ascensão do euro ao desempenho de parte
>dessa função).
>
>O que não ocorre aos Petrov deste mundo é a quem
>interessaria a transformação da ameaça potencial para
>o dólar em ameaça real – com uma desvalorização
>acentuada da sua cotação e a consequente inflação,
>sendo a economia americana uma das mais endividadas e
>encontrando-se muita da sua moeda entesourada ou
>mantida como reserva em bancos dos países dos credores
>– e a quem interessaria uma acentuada valorização do
>euro face à moeda americana e a outras, por efeito da
>sua maior procura internacional. Aos devedores e
>credores, não seria, certamente, mas tal seria menos
>prejudicial para os americanos, que a poderiam ir
>compensando pelo aumento dos preços, e menos para os
>seus credores, que preferirão uma pressão permanente,
>mas controlada, sobre a moeda americana do que a sua
>súbita desvalorização. Por esta razão, Nixon teve a
>ousadia de abandonar a cobertura da moeda pelas
>reservas de ouro e ninguém ousou refutar ou opor-se
>convincentemente.
>
>A ninguém, no seu perfeito juízo, interessará uma
>desvalorização acentuada do dólar e a perspectiva de
>uma crise geral do sistema. É por isso, em parte, que
>os americanos sentem as costas quentes e tentam
>compensar as suas debilidades económicas e de
>sobre-endividamento, que se traduz num nível de vida
>da sua população acima das suas reais possibilidades e
>acima do nível das populações das potências
>concorrentes, com a conquista de territórios de vital
>importância geo-estratégica. Quem não tem reservas em
>dólares, nem economia florescente, nem capacidade
>militar convincente, por seu lado, restar-lhe-á ir
>jogando com a arma da propaganda! Não é difícil
>adivinhar quem é quem!
>
>Eles já não se reivindicam de Marx, mas por cá ainda
>há muita alma simples que confunde com marxismo o que
>os Petrov vão dizendo.
Eles já não se reivindicam de Marx,( mas eles, quem????) mas por cá ainda há muita alma que confunde com marxismo...
-O marxismo não te deixa dormir; é ou não é verdade?!
_

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Subject Author Date
Aaaaaah! Que soneira! Para te cultivares, recomendo-te o fado da Amália "Há festa na Mouraria"...Visitante14/02/06 22:37:25


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