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Date Posted: 07:39:57 06/13/06 Tue
Author: Verônica de Carvalho Coelho
Subject: Semana 14 - A autonomia na aprendizagem de línguas

A AUTONOMIA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS

Em “Revisitando algumas orientações didáticas nos Parâmetros Curriculares Nacionais”, Patrícia José aborda, baseada nos PCN, a questão da autonomia do aluno, do papel de mediador do professor e a importância da interação para o desenvolvimento da autonomia. Segundo os PCN, o processo de aprendizagem deve consistir na formação de um indivíduo capaz de se posicionar criticamente diante de uma situação, traçando e cumprindo metas, ou seja, sendo participativo e autônomo. Para que isso aconteça, é necessário que o professor abra mão de sua atuação de indivíduo que detém “o poder de ensino” e deixe que o aluno também seja o construtor da sua aprendizagem. Além disso, o professor deve provocar a interação entre os alunos, criando situações dinâmicas de aprendizagem que juntamente à valorização do conhecimento prévio desses alunos irão estimular a autonomia. A interação entre professores e colegas torna-se importante também na superação de problemas uma vez que um aluno pode ser autônomo em algumas situações e em outras não. Sendo assim, o professor pode estimular a autonomia dos alunos sem diminuir sua autonomia de atuação.

No texto “Quando menos é mais: a autonomia na aprendizagem de línguas”, Vilson J. Leffa enfatiza um pouco mais o conceito de autonomia. Opondo as idéias de Chompsky (inatismo) e as de Vigotsky (interacionismo) com relação a aprendizagem, o autor enfatiza o conceito Vigotskiano da mediação: “A aprendizagem para ocorrer não precisa necessariamente da presença do professor; pode dar-se através da mediação de uma artefato cultural, socialmente situado.” (Leffa: 2002). Desse modo, é lançada a idéia de que “a autonomia é um estado a que se chega”, ou seja mesmo que o aluno tenha que ser acompanhado pelo professor por um período de tempo, no futuro ele conseguirá realizar tarefas por conta própria. Há ainda outras teorias que enfatizam a afirmativa: “eu não tenho autonomia para falar sobre autonomia”, ou seja, quem fala não tem voz própria pois fala baseado no que já foi dito antes e além disso tem que se submeter ao público alvo (locutor/leitor).

Leffa (2002) fala também a respeito de algumas restrições enfrentadas pela autonomia relacionadas aos alunos, ao professor e à escola. Com relação aos alunos, o autor aponta a falta de interesse no estudo de língua estrangeira devido a sua dificuldade e conclui que “excetuados os casos de imersão, só é possível aprender uma língua estrangeira se o aluno for autônomo”(Leffa: 2002). Com relação ao professor, o problema consiste no fato de ele se sentir ameaçado em termos de controle e de conhecimento se os alunos forem mais autônomos. Com relação à escola, o autor deixa claro que não importa quão bom o aluno é durante toda sua vida escolar, quando ele sai da universidade ainda não está preparado para exercer uma profissão.

Para finalizar, Leffa (2002) lança algumas idéias que ficam como reflexão sobre o conceito de autonomia: “ou nos submetemos ao que os outros querem nos ensinar ou escolhemos o que queremos aprender”, “é quando as pessoas divergem, aprendendo coisas diferentes, que a sociedade se diversifica e se enriquece”.

Analisando os dois textos lidos, pude perceber o quanto a idéia de autonomia é vasta e polêmica. O texto de Patrícia José mostra uma parte do conceito de autonomia com o qual já estava acostumada: a importância da interação entre aluno-aluno e aluno-professor, sendo que o professor seria o mediador. Já o texto de Leffa (2002), revela uma visão de autonomia que confesso ter ficado meio assustada, não sei se discordo ou se concordo com todas as idéias expostas. O que tenho tentado pensar é como as idéias de Leffa (2002) poderiam ajudar na reformulação do nosso sistema de ensino. Será que seriam realmente úteis ou provocariam um estado de anomia geral?

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