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Date Posted: 15:30:52 06/18/06 Sun
Author: Fátima Gama
Subject: Autonomia e complexidade

Autonomia e complexidade

Como bem propõe a autora é muito difícil definir autonomia e afirmar que um aprendiz pode estudar com total autonomia, pois “fatores como características do aprendiz, professores, tecnologia, legislação educacional e aspectos culturais, econômicos e políticos podem interferir no processo da autonomia” comprometendo o seu desenvolvimento.
De acordo com Little (1991) autonomia “é a capacidade de planejar, monitorar e avaliar as atividades de aprendizagem.” Dickinson (1987) e Holec (1981) endossam a opinião de Little quando atestam que o “aprendiz autônomo é aquele totalmente responsável para tomar decisões que dizem respeito à sua aprendizagem e para implementá-las.”
Young (1986) e Pennycook (1997) compartilham a opinião de que autonomia “é ser autor do próprio mundo” é “ser capaz de criar seu próprio significado e de perseguir alternativas culturais no seio da política cultural do cotidiano” (Pennycook, 1997).
Fazendo uma análise do meu processo de autonomia na aprendizagem, constatei que ele se assemelha com a idéia de Freire (1997), pois tive de reconstruir tudo o que me foi ensinado em língua estrangeira e reaprender de maneira mais comunicativa, mais autônoma e mais abrangente.
Littlewood já afirma que autonomia está ligada à habilidade (de fazer escolhas) e desejo (vontade de usufruir e aplicar esta escolha).
Para Benson (1997) existem três tipos diferentes de autonomia: técnica, psicológica e a política.
Paiva (2006) define autonomia como “um sistema sócio-cognitivo complexo, que se manifesta em diferentes graus de independência e controle sobre o próprio processo de aprendizagem, envolvendo capacidades, habilidades, atitudes, desejos, tomadas de decisão, escolhas, e avaliação tanto como aprendiz de língua ou como seu usuário, dentro ou fora da sala de aula.”
Dentro desta perspectiva, relato a seguir, como me percebi como um aprendiz autônomo dentro do curso on line “Abordagem Comunicativa no Ensino de Línguas Estrangeiras.” Durante o curso, tive liberdade de:

- opinar no comentário (do colega) que me aprouvesse ou que me suscitasse interesse;
- não tinha hora ou dia certo para cumprir as tarefas, embora eu mesma tenha escolhido um dia – 6ª. feira - e uma hora específica – à noite - para ler os textos, escrever a tarefa da semana e fazer os comentários;
- buscar idéias nos comentários dos colegas bem como expor os meus para apreciação;
- ter oportunidade de comparar/contrapor o conteúdo de uma leitura com outros textos já lidos em outras disciplinas;
- sugerir leituras complementares, através do e-mail do grupo, que viessem reforçar o que foi lido;
- compartilhar experiências semelhantes ou, às vezes, nem tão semelhantes com os colegas;
- poder refletir sobre minha experiência pessoal de aprendizagem de língua estrangeira e constatar que, desde que ingressei na faculdade, tem acontecido “um caos” neste processo (“teoria do caos”, Waldrop, 1992);
- não precisar ser avaliada com provas, exercícios, longos trabalhos, papers, journals, portfolios, e seminários, mas de maneira mais interativa, com meus colegas e professora;
- saber que posso ampliar minha autonomia de acordo com minhas estratégias de aprendizagem e modificá-la de acordo com meus objetivos;
- reconhecer que, sendo a autonomia um sistema complexo envolve também indivíduos complexos e diversificados em suas habilidades e capacidades cognitivas.

A autonomia, como prática de aprendizagem, deve partir do próprio professor (impor menos poder e controle) para que seja autêntica e plenamente compartilhada entre este e seus aprendizes, e entre os alunos entre si.

Cabe ainda ao professor dar sugestões de estratégias variadas que conduzam o aluno a uma maior autonomia na aprendizagem para que ele faça sua escolha acrescentando ou modificando conforme suas necessidades ou preferências.

Ao aprendiz, cabe o papel de encontrar soluções por si mesmo ou junto com o professor ou colegas, para os prováveis obstáculos que enfrentará, sejam de natureza social, econômica ou política evitando uma estagnação na sua almejada autonomia na aprendizagem.

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