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Date Posted: 08:41:31 06/20/06 Tue
Author: Lilian
Subject: Semana 15: Autonomia e complexidade

Após a leitura do texto, avalie sua autonomia em relação ao nosso curso.

Preciso dizer que tive muito imenso prazer em ler este texto. A princípio, quando vi o número de páginas (52!), já me senti meio desmotivada, mas logo que comecei a ler me envolvi com o texto e nem me lembrei mais de sua extensão...

Após a leitura do texto de PAIVA (2006), tive uma visão muito clara e interessante da minha autonomia em relação ao nosso curso. Acho que tive vários momentos (altos e baixos) durante esta trajetória – a própria teoria do caos. No princípio do curso fui uma aluna bem mais autônoma do que no restante do mesmo. Eu estava bastante motivada, uma vez que, estando prestes a me formar, eu já havia tido contato com grande parte das teorias e tópicos abordados no curso e conseguia facilmente fazer relações com o que eu já havia estudado, com outras teorias, enfim, eu estava fazendo muitas conexões interessantes que estavam me ajudando, na verdade, a fazer uma revisão das teorias envolvidas na Abordagem Comunicativa. Além disso, era o início do semestre, tudo estava bem tranqüilo, eu estava trabalhando pouco (dando poucas aulas) e tinha bastante tempo para me dedicar à disciplina. À medida que o semestre foi avançando, entretanto, várias mudanças ocorreram – algumas de maneira bem inesperada. De repente comecei a dar muito mais aulas do que de costume (porque resolvi montar uma sala de aula), as outras disciplinas começaram a requerer mais dedicação devido a trabalhos, provas, apresentações, estágio, e, acreditem, até uma cirurgia de última hora (nada grave, graças a Deus) e uma virose “avassaladora” apareceram no meu caminho. Nesse período senti uma queda brusca na minha autonomia. Apesar de continuar gostando dos textos (principalmente os do livro editado pela professora Vera Menezes), comecei a me desorganizar, a deixar tudo para a última hora (essa é uma das “armadilhas” de disciplinas online: é muito fácil adiar a execução das tarefas porque temos um prazo razoavelmente longo para postá-las), e a não fazer nada além do estritamente requisitado nas instruções das tarefas. Apesar de descontente com a minha postura, não conseguia retomar minha postura inicial. Entretanto, como acontece normalmente, o ser humano está constantemente em busca do equilíbrio – seja em que situação for. Sendo assim, depois de todo esse caos, eu comecei a me reorganizar novamente, a pensar mais sobre as tarefas, a tentar fazê-las com maior antecedência e a reconquistar aquela autonomia inicial. Considerando os vários aspectos que PAIVA (2006) cita como partes dos processos de autonomia,

1. Autonomia envolve a capacidade inata ou aprendida;
2. Autonomia envolve auto-confiança e motivação;
3. Autonomia envolve o uso de estratégias individuais de aprendizagem.
4. Autonomia é um processo que se manifesta em diferentes graus;
5. Os graus de autonomia não são estáveis e podem variar dependendo de condições internas ou externas;
6. Autonomia depende da vontade do aprendiz em se responsabilizar pela própria aprendizagem;
7. Autonomia requer consciência do processo de aprendizagem;
8. Autonomia está intimamente relacionada às estratégias metacognitivas: planejar/tomar decisões, monitorar, e avaliar;
9. Autonomia abarca dimensões sociais e individuais;
10. O professor pode ajudar o aprendiz a ser autônomo tanto na sala de aula quanto fora dela;
11. Autonomia, inevitavelmente, envolve uma mudança nas relações de poder;
12. A promoção da autonomia do aprendiz deve levar em consideração as dimensões psicológicas, técnicas, sociais e políticas.

vejo que, inicialmente, estava tudo em harmonia. E que, no decorrer do curso tive problemas, principalmente, com os números 5, 6, 8 e 9 da lista acima. E vejo que provavelmente o número 7 (“Autonomia requer consciência do processo de aprendizagem”) tenha me ajudado a restabelecer a “ordem” da minha aprendizagem no nosso curso. Concluindo, como o texto mesmo diz, apesar de caóticos e complexos os sistemas de aprendizagem podem funcionar e podem terminar em sucesso desde que o aprendiz “tome as rédeas” do seu aprendizado.


O que podemos fazer para contribuir com a autonomia de nossos alunos?

Essa questão é bastante complexa na medida em que, como PAIVA (2006) diz, cada aluno é um indivíduo único e imprevisível. Sendo assim, me atrevo apenas a mencionar “dicas” gerais que podem funcionar para a maioria dos aprendizes. Em primeiro lugar, o professor deve tentar – em todas as atividades – centrar a aula mais nos alunos do que nele próprio. Para tanto, atividades em duplas ou grupos costumam funcionar. Além disso, as atividades não precisam ter início, meio e fim na mesma aula. Elas podem se estender para mais aulas (como projetos) e até para casa a fim de que os alunos se envolvam com a aprendizagem também fora da sala de aula. Só para dar um exemplo simples, pode-se pedir aos alunos para eles próprios, em grupos, escolherem músicas para serem trabalhadas em sala e criarem atividades baseadas na música que, posteriormente, serão aplicadas à turma deles. Nesse caso, o professor assumirá apenas um papel secundário na medida em que deverá apenas monitorar as atividades, checar possíveis erros, e guiar os alunos de forma a obter sucesso com a atividade. Além disso, o professor pode criar projetos com filmes, desenhos animados, histórias em quadrinhos, vídeo-clipes, rótulos de produtos, manuais de instrução e tudo mais que ele considerar relevante. Atividades que demandam apresentação de um produto final (uma vídeo produzido pelos alunos, uma música, uma receita, um poema, uma peça de teatro, um programa de TV, enfim...) costumam envolver mais os alunos do que repetições de diálogos e exercícios gramaticais descontextualizados. Além disso, muitas dessas atividades envolvem as habilidades orais – algo que diversas narrativas de aprendizagem citadas por PAIVA (2006) mencionaram como necessidade básica ausente no ensino de LEs de escolas regulares. Estas atividades estimulam a autonomia uma vez que requerem planejamento, estudo, dedicação, motivação, envolvimento, responsabilidade pelo projeto, monitoramento, avaliação, enfim, vários dos aspectos mencionados do texto como componentes de uma aprendizagem autônoma.


Foi um prazer trabalhar com vocês!

Abraços para todos,
Lilian.

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