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Subject: Voscência,cegueta,meteu-se em camisa de 17 varas tortas.Começa a parti-las ou voltará a ir à missa..


Author:
vou ali volto já
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Date Posted: 14/11/06 21:00:49
In reply to: Guilherme Statter 's message, "Um "inventário" das ideias de Marx e Engels - Ou a peregrinação continua..." on 14/11/06 10:55:01

>Na premissa de que este sítio é primordialmente um
>local de discussão do marxismo (foi para isso que foi
>explicitamente criado pelo nosso amigo Penim Redondo)
>proponho encetar uma sucinta discussão dos alegados
>"erros" de Marx.
>Para isso e antes de discutir ou refutar as ideias de
>Marx e Engels, seria bom termos presente - assim à mão
>de semear - uma espécie de "inventário" dessas ideias.
>Para isso sugiro a listagem elaborada por C. Wright
>Mills no capítulo do seu livro "Marxists"
>(Pelican Books, 1975) dedicado – esse capítulo – às
>ideias dos fundadores (do marxismo), Marx e Engels.
>Então é assim (tradução quase literal do texto de
>Mills):
>1. A base económica de uma sociedade determina
>a sua estrutura social como um todo, assim como a
>psicologia da sua população.
>2. A dinâmica da transformação ou mudança
>histórica é determinada (ou pelo menos condicionada)
>pelos conflitos entre as forças de produção e as
>relações de produção.
>3. A luta de classes entre os proprietários e
>os trabalhadores é o reflexo social, político e
>psicológico das condições económicas.
>4. A propriedade enquanto fonte de rendimentos
>é o critério objectivo da definição de classe; dentro
>do capitalismo, as duas classes fundamentais são os
>proprietários e os trabalhadores.
>5. A luta de classes (em vez da harmonia –
>"natural" ou não) é a condição normal e inevitável da
>sociedade capitalista.
>6. Dentro da sociedade capitalista, os
>trabalhadores não têm como conseguir escapar à sua
>condição de explorados ou ao seu destino de classe
>revolucionária, através da conquista de direitos e
>privilégios legais ou politicos. Os sindicatos e
>partidos de massa de trabalhadores são úteis enquanto
>locais de treino para a revolução, mas não são uma
>garantia de socialismo.
>7. A exploração faz parte intrínseca do
>capitalismo enquanto sistema económico, aumentando
>assim as hipóteses da revolução.
>8. A estrutura de classes torna-se cada vez
>mais antagónica ou polarizada, aumentando assim as
>hipóteses da revolução.
>9. Há no sistema uma tendência intrínseca para
>aumentar a miséria material e a alienação dos
>trabalhadores.
>10. Os trabalhadores assalariados – uma
>classe-em-si-mesma – tenderá a transformar-se no
>proletariado, uma classe-para-si-mesma.
>11. A oportunidade para a revolução existirá
>apenas quando coincidirem as condições objectivas (de
>crise generalizada) e de preparação subjectiva (da
>esmagadora maioria dos trabalhadores).
>12. A indispensabilidade funcional de uma
>classe num qualquer sistema económico levará à sua
>supremacia política na sociedade como um todo.
>Para Mills esta tese ou ideia estará
>apenas implícita e/ou dispersa na teoria do poder de
>Marx. Pode ser deduzida dos escritos de Marx e Engels
>mas não se encontra formalmente explicitada

>13. Em todas as sociedades de classes o Estado
>é o instrumento de coerção das classes possidentes
>14. O capitalismo está permanentemente
>envolvido em crises, passando de uma a outra. Estas
>crises estarão a ficar cada vez mais profundas e assim
>o capitalismo entrará na sua crise final e na
>revolução do proletariado.
>15. A sociedade pós-capitalista deverá primeiro
>passar por uma fase de transição – a fase da ditadura
>do proletariado. Só depois passará então à fase em que
>prevalecerá o verdadeiro comunismo.
>16. Embora sejam os homens quem faz a sua
>própria história, dadas as circunstâncias da fundação
>ou base económica, a forma como fazem essa história e
>a direcção que ela toma são determinadas. O curso da
>História está estruturalmente limitado a ponto de ser
>inevitável.
>17. A estrutura social – tal como indicado na
>primeira proposição – é determinada pela sua fundação
>ou base económica. De acordo com este princípio, o
>curso da sua história é determinado por esta fundação
>económica.
>
>Um primeiro comentário a esta listagem:
>É no mínimo estranho e/ou insólito que não se encontre
>nesta inventariação uma única referência à teoria
>laboral do valor nem à lei fundamental (segundo os
>próprios "fundadores") do sistema dissecado por Marx e
>Engels: a famigerada tendencia decrescente da taxa de
>lucro (por exemplo, como mecanismo explicativo das
>crises).

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Replies:
Subject Author Date
1. A base económica...Guilherme Statter15/11/06 12:26:51
    A base económica...não é tão simples como pareceFernando Penim Redondo15/11/06 15:26:17


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