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Subject: China: Classe média tem novos valores | |
Author: A TARDE |
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Date Posted: 28/10/07 10:17:02 In reply to: CLÁUDIA TREVISAN 's message, "Número de bilionários chineses chega a 100" on 9/10/07 13:34:15 Desde que o então líder Deng Xiaoping abriu a economia chinesa, em 1978, cunhando a famosa frase "Ser rico é glorioso", a China testemunhou o surgimento de uma classe média cada vez mais numerosa, que está moldando um novo padrão de valores e de consumo no país. São famílias com renda anual equivalente a um total entre R$ 8,6 mil e R$ 17,4 mil - pouco se comparado com países ocidentais, mas com um poder de compra pelo menos cinco vezes maior que o dos brasileiros -, que compram automóveis, roupas, tevês e celulares, impulsionam o setor de serviços e são consideradas responsáveis pelo boom imobiliário das grandes cidades. Especialistas estimam em 200 milhões o número de chineses que fazem parte desse novo estrato social. Em 2011, chegarão a 300 milhões - o tamanho da população dos EUA. Eles refletem a transformação ocorrida nos últimos 30 anos no país, período no qual a renda per capita da população cresceu sete vezes, mais do que a dos japoneses nos 25 anos posteriores à 2ª Guerra Mundial. A classe média chinesa tem várias peculiaridades. Enquanto a faixa mais pobre da população e a elite milionária são dependentes do Partido Comunista, seja para sobreviver ou para fazer grandes negócios, a classe média considera-se discriminada. "Ela não tem representação política, pois é formada por pessoas que investiram em si, abrindo um negócio próprio, ou por profissionais altamente qualificados que ocupam os principais postos de trabalho no setor privado", disse ao Estado o economista Jie Chen, professor da Universidade Fiudan, em Xangai. Outra característica é o cuidado ao gastar seu dinheiro. O crédito ao consumidor ainda é restrito. Isso faz com que os chineses evitem fazer dívidas - a poupança acumulada pela população é avaliada em US$ 4,9 trilhões, o dobro do PIB do país - e sejam mais exigentes na hora de comprar produtos. O exemplo mais visível está nas ruas de grandes cidades, como Pequim, onde há mais carrões de luxo do que automóveis pequenos e econômicos. O carro é um símbolo de status e os chineses não economizam na hora de adquirir o seu. Poupam e, depois, compram à vista. [ Next Thread | Previous Thread | Next Message | Previous Message ] |
Subject | Author | Date |
Bolsas da China e de Hong Kong dominam 25% do mercado mundial | EFE | 1/11/07 8:44:32 |