Resumo Guerreiro e Villamil -- Crenças de ensino e aprendizagem de línguas

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Date Posted: 12:48:21 06/19/09 Fri
Author: Neide Arataque
Subject: Resumo Guerreiro e Villamil

Universidade de Brasília
PGLA – Programa de Pós-Graduação/Mestrado em Lingüística Aplicada
Disciplina: Tópicos Especiais em Lingüística Aplicada: Crenças de Aprendizagem e
Docente: Profª Drª Mariney Pereira
Discente: Neide Campos Arataque
Data: 31 de março de 2009

Resumo do texto de Guerreiro e Villamil “Metaphor Analysis in Second/Foreing Language Instruction: A Sociocultural Perspective”

Esta pesquisa revê o uso de análises de metáforas como ferramentas de pesquisa em educação, recomendando a aplicação da teoria sociocultural.
A literatura científica aponta três aspectos importantes das metáforas: 1- sua grande presença na área do ensino de línguas; (2) a capacidade que as metáforas têm de capturar construtos complexos nessa área; (3) a utilidade das metáforas como veículo de reflexão e conscientização entre educadores. As autoras chamam a atenção para a aplicação da teoria sociocultural (Vygotsky), que segundo elas pode ser a base teórica que possa explicar como os professores de L2 constroem conceituações metafóricas sobre sua profissão. A análise das metáforas examina sistematicamente as metáforas do discurso como forma de descobrir conceitos não explícitos. Esse processo envolve coletar exemplos de metáforas lingüísticas e formar delas as metáforas conceituais que elas representam. Segundo Vygotsky, há dois domínios, o cognitivo e o social e entre eles há um relacionamento dialético. Assim, o pensamento é mediado por artefatos criados culturalmente, como metáforas e são linguisticamente organizadas. As metáforas uma ferramenta cognitiva que tem a capacidade de transformar a função mental.
O estudo de Guerreiro e Villamil apontam para um uso de metáforas pelos professores que se igual aos modelos da sua cultura, corroborando com a teoria sociocultural que afirma que as metáforas constroem e são construídas nas interações com o meio social. Elas colheram 28 metáforas escritas por professores completando a frase: “ Um professor de L2 é...” essas metáforas foram agrupadas em 9 categorias. Constata-se aqui um processo de apropriação das metáforas consistentes com os modelos já existentes nas culturas desses professores. As autoras então passam a comprovar algumas hipóteses levantadas através das metáforas analisando e chegando a conclusão que algumas delas remetem as teorias de Krashen de learning/acquisition ou do filtro afetivo.
As autoras concluem que a aplicação de uma perspectiva sociocultural aos estudos das metáforas de professores revela um processo complexo de apropriação e transformação onde as metáforas convencionais dos professores de L2/LE foram adotadas de maneira intactas, mas com variações de conceitos subentendidos refletindo as diferenças e experiências pessoais. Elas também recomendam o uso de metáforas como ferramentas para desenvolver a auto-reflexão entre os professores de L2. È importantes que os professores formados e em formação conscientizem-se do poder que as metáforas têm de dar forma às crenças. Os professores precisam examinar criticamente o quanto as metáforas que eles utilizam refletem realmente suas crenças e como afetam sua prática.

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