RESUMO Guerreo e Villamil -- Crenças de ensino e aprendizagem de línguas

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Date Posted: 17:45:03 06/19/09 Fri
Author: Adriane Teixeira
Subject: RESUMO Guerreo e Villamil

As autoras iniciam afirmando sobre o crescente interesse pelo de metáforas na área de ensino e aprendizagem de segunda língua e/ou língua estrangeira (L2 e EFL). A literatura reconhece três aspectos importantes das metáforas: (1) sua grande presença na área de ensino de línguas, (2) sua capacidade de capturar construtos complexos da área e, (3) sua utilidade como meio de reflexão e conscientização entre os educadores. No texto, as autoras consideram coerente a aplicação da teoria sociocultural que pode explicar de que maneira os professores constroem suas conceitualizações metafóricas sobre sua profissão e apresentam exemplos de um estudo empírico apoiando a visão de metáfora como uma ferramenta cognitiva socialmente construída. As autoras, aliás, deixam claro que, em geral, os pesquisadores da área concordam que as metáforas são hábitos sociais difundidos que fazem parte do discurso dos professores sustentando as crenças sobre sua profissão. E acrescentam que estudos indicam o uso freqüente de uma linguagem metafórica pelos professores quando falam a respeito de sua profissão, crenças e práticas diárias (Munby,1987; Tobin, 1990). Elas acreditam nos estudos das metáforas sob a perspectiva da teoria sociocultural Vygotskyana em que o cognitivo e o social são dois campos inseparáveis e dependentes. E postula que, enquanto instrumento cognitivo, a metáfora tem o potencial de transformar radicalmente a função mental. Entretanto, Guerrero e Villamil esclarecem que a apropriação de metáforas não tem sido vista como um mero processo de cópia e reprodução, pois há sempre um elemento de reconstrução pessoal das ferramentas lingüísticas culturalmente compartilhadas.
O seu estudo objetivou pesquisar o quão intensamente as metáforas eram apropriadas pelos professores e utilizadas para compor seu próprio sistema de crenças. Os dados para este estudo foram levantados em um seminário – cujos participantes, todos com experiência na área de ensino de inglês como segunda língua, instigados pela frase “Um professor de inglês como segunda língua é como...”, deveriam elaborar uma metáfora que melhor representasse a maneira pela qual se enxergavam como professores de língua. Foram coletadas vinte oito metáforas que, por meio da análise de metáforas, foram agrupadas em nove categorias gerais. Na análise dos resultados da pesquisa, observou-se que (1) crenças pessoais conflitantes estão também presentes nas metáforas, (2) as metáforas criadas mostram as preferências pessoais, atitudes e afrontas dos professores acumulados em anos de experiência.
As autoras concluem que sua aplicação de uma perspectiva sociocultural no estudo das metáforas dos professores revelou um processo complexo de apropriação e transformação. Guerrero e Villamil recomendam o uso de metáforas como instrumento para elevar a auto-reflexão entre professores de L2 e FL. Elas acreditam que os professores necessitam examinar criticamente o quanto as metáforas que utilizam refletem realmente suas crenças e como elas afetam sua prática.

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