Resumo - HORWITZ -- Crenças de ensino e aprendizagem de línguas

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Date Posted: 09:26:07 04/21/10 Wed
Author: Elisa S. Neves
Subject: Resumo - HORWITZ

Horwitz pretende examinar como as crenças dos aprendizes de línguas variam entre os grupos de alunos. A pesquisadora utilizou BALLI, que é um Inventário Sobre Crenças de Aprendizado de Línguas para identificar as semelhanças e diferenças culturais entre os grupos pesquisados. É preciso considerar que as crenças também variam de acordo com idade, estágio de aprendizado de uma língua e profissão. Além disso, no processo de aprendizado de línguas o aprendiz deve ser considerado como um participante ativo no processo. O professor de línguas precisa considerar suas motivações e estratégias de aprendizado.
As crenças que Horwitz apresenta na pesquisa são apenas alguns exemplos dos tipos de crenças que os professores podem encontrar em suas salas de aulas. É preciso compreender que o professor não pode se restringir a apenas algumas crenças individuais de seus alunos, mas sim é preciso saber lidar e interagir com as crenças do grupo de aprendizes de línguas. Em sua pesquisa, Horwitz também salienta que as crenças podem estar naturalmente relacionadas aos aspectos culturais e às diferenças situacionais, mas também aponta que as crenças podem também estar relacionadas às estratégias de aprendizado dos alunos (Yang, 1992; Park, 1995) e à ansiedade dos alunos sobre o aprendizado de línguas (Horwitz, 1989; Truit, 1995).
Os grupos pesquisados possuem diferentes contextos culturais e de aprendizado de língua. Um grupo é de americanos que estão no inicio do aprendizado de uma língua estrangeira e o outro grupo de alunos de inglês como língua estrangeira (EFL) já estuda inglês desde o ensino médio. Algumas das semelhanças e diferenças pesquisadas estão organizadas de acordo com as categorias definidas por BALLI, são elas, dificuldade do aprendizado de línguas, aptidão para o aprendizado de línguas, a natureza do aprendizado, estratégias de aprendizado e comunicação, motivações e expectativas.
O resultado da pesquisa mostrou que o grupo de alunos americanos de línguas estrangeiras e o grupo de alunos asiáticos e turcos que estavam aprendendo inglês como língua estrangeira possuem crenças a respeito da dificuldade e da natureza do aprendizado de línguas, bem como crenças sobre motivação e expectativas. Ambos os grupos acreditam que aprender vocabulário é a chave para se aprender uma língua estrangeira. Há também muita diferença de crenças dentro do próprio grupo dos americanos alunos de línguas estrangeiras. A crença mais comum entre os grupos está relacionada ao aprendizado de uma língua estrangeira como forma de ampliar as possibilidades de trabalho. Ao concluir sua pesquisa, Horwitz afirma que ainda é prematuro afirmar que as crenças sobre aprendizado de línguas variam de acordo com o grupo cultural.

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