Pa�ses ricos contra fundo que iguala acesso � inform�tica: Apesar dos esfor�os dos pa�ses em desenvolvimento de transformar a C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o em uma oportunidade para reduzir as diferen�as tecnol�gicas, os pa�ses ricos n�o aceitaram a proposta dos pa�ses pobres. -- Projeto de Pesquisa

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Date Posted: 12:51:28 12/11/03 Thu
Author: Lucia
Subject: Pa�ses ricos contra fundo que iguala acesso � inform�tica: Apesar dos esfor�os dos pa�ses em desenvolvimento de transformar a C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o em uma oportunidade para reduzir as diferen�as tecnol�gicas, os pa�ses ricos n�o aceitaram a proposta dos pa�ses pobres.

Estados Unidos, Europa e Jap�o conseguiram bloquear, pelo menos at� 2005, a cria��o de um fundo internacional para ajudar os pa�ses pobres a se beneficiarem das novas tecnologias de comunica��o dispon�veis no mundo. Apesar de todos os esfor�os dos pa�ses em desenvolvimento de transformar a C�pula Mundial da Sociedade da Informa��o, que ser� inaugurada hoje em Genebra, em uma oportunidade para reduzir as diferen�as tecnol�gicas entre as economias, os pa�ses ricos n�o aceitaram a proposta dos pa�ses pobres.

O texto da declara��o da C�pula foi conclu�do hoje e segundo o acordo, que ser� oficialmente assinado na sexta-feira por 150 governos, ser� apenas criado um grupo de trabalho na ONU para estudar at� o final de 2004 a viabilidade de um fundo internacional para o setor tecnol�gico. Apesar de n�o prever novos recursos, o acordo anuncia medidas at� 2015 para que todos no mundo tenham acesso � televis�o e ao r�dio, para garantir a conex�o de escolas, hospitais e governos, al�m da garantia de que mais da metade da popula��o mundial tenha acesso �s novas tecnologias da informa��o.

"Essa � uma incoer�ncia da C�pula. Os pa�ses ricos n�o querem nem mesmo a cria��o de um fundo volunt�rio", afirmou um dos principais representantes da comitiva do governo brasileiro em Genebra, S�rgio Amadeu da Silveira, diretor do Instituto Nacional de Tecnologia da Informa��o, �rg�o da Casa Civil.

O argumento dos pa�ses desenvolvidos � de j� existem mecanismos suficientes para que os recursos cheguem aos pa�ses pobres. Para o Senegal, autor da proposta, se esses mecanismos estivessem funcionando n�o existiriam 1,5 milh�o de vilas sem qualquer tipo de comunica��o com o mundo. Para eliminar esse problema, a ONU estima que bastariam US$ 1,3 bilh�o, uma fra��o do que o mundo investe hoje em telecomunica��es.

Al�m da quest�o do fundo, a C�pula deveria tratar do controle da Internet. Pa�ses como o Brasil, �ndia e China defendiam a cria��o de um organismo internacional para fazer a gest�o da rede, que hoje est� nas m�os de uma empresa americana. Mais uma vez, os pa�ses ricos bloquearam a iniciativa e ficou estabelecido que seria criado mais um grupo de trabalho para avaliar a quest�o at� 2005.

Com um tratado esvazeado, a delega��o brasileira, que ser� liderada pelo secret�rio-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimar�es, ainda se deu por contente pelo fato de ter diluido do texto as exig�ncias americanas referentes � propriedade intelectual das novas tecnologias e softwares. "Pagamos US$ 1 bilh�es em royalties no uso de softwares", informou S�rgio Amadeu da Silveira. Segundo ele, a miss�o do Brasil era a de deixar a porta aberta para que temas como o controle da Internet continuem na agenda. "Isso conseguimos atingir", afirmou.

De fato, a esperan�a da ONU � de que os temas pendentes sejam solucionados em 2005, quando a C�pula volta a ocorrer, desta vez na Tun�sia. "A reuni�o n�o foi um total desastre", afirmou o diretor da Uni�o Internacional de Telecomunica��es, Yoshio Utsumi, antes mesmo do in�cio da C�pula.

Fonte:http://www.estadao.com.br/tecnologia/informatica/2003/dez/09/178.htm

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