Da mesma mat�ria de que s�o feitos os Sonhos ... -- RYMOGRAFISMO.COM

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Date Posted: 04:35:01 02/21/03 Fri
Author: darknex
Subject: Da mesma mat�ria de que s�o feitos os Sonhos ...

Da mesma mat�ria de que s�o feitos os Sonhos ...

Que rumor quer ainda magoar-te?
Que dor deseja , por cima, encimar-te?

S�o os tais modos de m�sica aos quais te submetes ,
profundo! Lamento , por dentro !
O leque de calor intenso,
Que, por vezes, te refresca o sofrimento,
da alma ;
Que te doma ou desmancha,
os sonhos, em rigor : a calma ...

A clepsidra vazia oculta a lua ,
cuja a melodia do dia nela acrobacia ,
j� que, no cantar da nascen�a quotidiana,
a claridade � ainda uma crian�a ...

Tenho pisado teu cora��o , noite minha ,
mas porque insistia , persistia,
nela ent�o me submetia em escrava feia.
Obrigava-me a aprender a dialogar com o tempo,
porque o profundo sil�ncio ,
no momento do mundo ,
� um lugar de aus�ncia ;
Onde na resid�ncia da inimizade , da desconfian�a e da desloca��o,
correm posses de emin�ncia ...

Sentes quase um arrepio:
Na m�o um calor vindo do cora��o ;
E no sacrif�cio original ,
Estes s�o
o c�u e a lava , os meus port�es do refino celestial ...

Delimitado o caminho, no encanto do amor,
gota a gota, do que, embora n�o tenha limite, no desalento,
Possui dor ...
An�nimo, escondido,
como se fosse um salteador,
outrora se barra num sorti digno da voz,
um cisne que cantou para n�s ;
M�goa incessante, hist�ria do infort�nio,
� peso do interl�dio,
que ...
Tanto de longe como de perto, l� persegue ;
Procurando ajuda para a pedida necessidade,
que de �dio e amargo intento,
cimenta e sufoca.
Serve-se, ent�o, o desempenho do mais cr�spido tenebroso enleio ...
Com o tinido l�mpido dos pingos espa�ados,
que ...
ao cessar a servent�s, nada falha.
Numa arte estra�alha vanguarda da nota guarda,
em que,
n�o tresmalho o sustento do retalho alheio.
Enquanto a noite arrastava a sua cauda de sombra,
dava-lhe de beber o veneno dum nascer de um novo ser;
e, quando, por fim,
ao desabrochar, se render ao sono,
que o afaste de mim,
do meu peito imperfeito ...

Morre intolerante, fogo que existes incessante,
ausenta no traj�o informal o que nunca se assenta,
no que me vem ferindo, desejando ...

As palavras foram as divas,
as imagens que andavam no pensamento,
precedendo o sofrimento,
de quem h� cem mil anos, na consola��o do recrimento,
me prendia, me consumia ...

Quero olhos ver,
pois olhar paga-se com chorar ;
pela multid�o singular do meu infinito,
que ainda manipula o pecado
no forte executor do esp�rito e punhal, bem preparado ...

Ponto Negro, tenho olhado,
fixamente,
julgando voar em teu redor,
obstinadamente,
fugindo, escutando ao teu ouvido,
oldivando, nos teus olhos ardentes, gemidos dos l�bios.
Caminhos pelas trevas, malicentos,
s�o clamor de vingan�a tua,
Crua e nua,
protegida do teu vagar,
que permanece na esperan�a de um del�rio,
que me h�-de,
que te h�-de,
que nos h�-de matar! ...

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