Subject: Re: Resposta 4 - Fazer as pazes com o CAPITALISMO |
Author:
Luis Blanch
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Date Posted: 07:08:21 02/27/04 Fri
In reply to:
Fernando Redondo
's message, "Resposta 4 - Fazer as pazes com o mercado" on 10:06:19 02/17/04 Tue
Não Fernando - o mercado não é ,como consideras,a pedra angular do sistema capitalista.
Isto até corrobora a opinião daqueles que admitiram que as experiencias do socialismo com a sua ,por vezes, dinâmica económica podiam ter tratado mais adequadamente a procura e as naturais exigências das suas populações relativamente ao mercado de consumo. Todavia, admitir os impulsos do mercado não pode ser a subordinação da economia às leis da oferta e da procura... A criação do mercado na ex republica socialista da Hungria criou , JNR ,a massa critica que proporcionou a actual "transição" para o capitalismo.
Quanto à China ,a restauração da "economia de mercado" éstá a um ritmo galopante; é um problema de informação JNR.
>
>O JNR também não concorda como segue:
>
>"Sobre ser a altura das teorias de raíz marxista
>fazerem as pases com o mercado.
>
>Os hungaros andaram a fazê-lo ainda no tempo da
>ocupação soviética, mas não ganharam massa crítica. Os
>chineses fizeram isso desde o final dos anos 70, logo
>após o afastamento do bando dos quatro, após a morte
>de Mao. As
>chamadas "reformas" chinesas foram isso mesmo. E estão
>a permitir a transição actual para uma grande potência
>económica emergente a nível mundial (o que de Staline
>a Brejnev se tentou fazer na URSS com base no
>socialismo real e na ambição hegemónica baseada numa
>ideologia alternativa,
>os chineses estão a fazê-lo com este híbrido, ironia
>da história)."
>
>Digo eu:
>
>Para que fique claro esclareço que "as pazes com o
>mercado" não significam a aceitação das suas regras
>actuais mas apenas que a rejeição do mercado, em
>abstracto, não resolve nada.
>
>Enquanto as actividades humanas produzirem excedentes
>haverá trocas logo, nesse sentido, mercado.
>
>É estudando as regras do mercado capitalista que
>podemos não só demonstrar as injustiças e absurdos do
>modo de produção burguês mas também mostrar que pode
>haver mercado noutros moldes uma vez superado o
>trabalho assalariado.
>
>Algumas experiências históricas indicadas por JNR
>mostram casos de tentativa de avançar para o comunismo
>"apesar do mercado".
>
>O que eu digo é que o mercado em si apenas reflecte a
>organização social, a maneira como as pessoas vêem a
>sociedade.
>Logo a forma como o mercado funciona é apenas um
>sintoma, o espelho, da organização social e não a
>causa dos problemas.
>As causas têm que ser procuradas a montante, na
>organização da produção, na consciência social dos
>cidadãos.
>É nesse plano que é preciso intervir.
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